Desde os episódios registrados na região, em função do excesso de chuvas, enchentes e vendavais, o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar têm recebido muitas doações de voluntários, clubes de serviços, empresas e também do Poder Público.
De acordo com o major Norton Alexandre Kapp, comandante do Corpo de Bombeiros e coordenador regional da Defesa Civil, o volume de donativos recebidos tem sido suficiente para atender a demanda de toda região. “Estamos utilizando o Centro de Eventos para estocar o material. De lá, encaminhamos para as cidades conforme a necessidade e solicitações. Temos recebido várias doações e já repassamos muita coisa, principalmente para as cidades mais atingidas, como Nova Prata do Iguaçu, Realeza e Capanema”, comenta o comandante. Na semana passada, foram entregas de produtos para Francisco Beltrão e outros municípios.
O pedido das entidades é que seja priorizada a doação de água, roupas, agasalhos, alimentos não perecíveis, colchões e cobertores. “A comunidade pode doar em seus municípios, para as coordenadorias municipais da Defesa Civil, que fazem as entregas juntamente com a Assistência Social”, destaca o major.
Recursos financeiros
Major Kapp diz que os municípios têm se organizado para a prevenção dos eventos climáticos, mantendo estoques de mantimentos e, como ocorreu em Beltrão, as equipes chegaram antes da água, ou seja, conseguiram orientar muitas famílias a tempo de salvar seus pertences e saírem de suas casas. O secretário de Urbanismo e coordenador municipal da Defesa Civil, José Carlos Viera, disse na semana passada que o município recebeu 250 cestas básicas.
Contudo, com relação a recursos financeiros, o secretário afirma que o município não recebeu nada até o momento. “O processo é bastante burocrático, e a Defesa Civil tem passado por uma série de reformulações, com muitas normas e regras sendo alteradas. Estamos nos adequando, e montando um plano de reconstrução para tentar buscar recursos. Tivemos prejuízos na ordem de R$ 3,8 milhões, com 17 pontes do interior que terão de ser reconstruídas”, diz Vieira.