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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Câncer de estômago atinge mais de 21 mil pessoas em 2018

Geral

 Doutor Irno Azzolini, médico gastroenterologista, alerta sobre o câncer de estômago e os riscos da automedicação.

Foto: Flávio Pedron/Gente do Sul

Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), que é ligado ao Ministério da Saúde, em 2018 foram diagnosticados 21.290 novos casos de câncer de estômago no Brasil, sendo 13.540 em homens e 7.750 em mulheres. Segundo o médico gastroenterologista Irno Azzolini, isso acontece porque “além dos homens se preocuparem menos com a saúde, há o agravante do tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas e alimentos muito salgados, obesidade, entre outros”.

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A doença é considerada o terceiro tipo mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres. O médico lembra que os tumores de estômago podem ser de três tipos diferentes. O mais comum é o adenocarcinoma (95% dos casos), seguido dos linfomas (3%) e do leiomiossarcoma. Em geral, neste último caso, a doença está associada a fatores genéticos. Outros fatores de risco são relacionados a infecção por bactéria associada a quadros de gastrite crônica e úlceras, aparecimento de pólipos gástricos e anemia.

A incidência é mais alta entre os 50 e 70 anos e rara antes dos 40 anos. “O câncer demora muito tempo para se desenvolver, por isso a ação dos fatores fazem com que o tumor apareça mais a partir da quinta década de vida”, informa o médico. Infelizmente, é considerada uma doença de alta mortalidade justamente por ser descoberta na fase avançada.

Os sintomas mais frequentes são dor abdominal, queimação ou azia, náusea, vômitos, sensação de estômago sempre cheio, porque o tumor ocupa parte do espaço destinado aos alimentos, perda de peso e de apetite, cansaço, sangramento digestivo.

Diagnóstico precoce
A endoscopia digestiva alta é o exame que faz diferença para o diagnóstico precoce da doença, pois permite não só observar as lesões, como colher material e realizar a biópsia imediatamente. O tratamento depende da fase do diagnóstico, podendo ser endoscópico ou cirúrgico com terapias combinadas. Dependendo do estágio da doença, pode ser necessário retirar parte do estômago ou o órgão inteiro e remover um número maior ou menor de linfonodos. Aplicações de quimioterapia e radioterapia podem representar estratégias terapêuticas importantes no tratamento.
Porém, se diagnosticado precocemente, o câncer de estômago tem bom prognóstico e muitos são os casos de cura.

“No caso de sintomas frequentes e para rastreamento, o ideal é fazer exames específicos e sempre evitar a automedicação”, finaliza doutor Irno Azzolini.

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