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José Carlos Zanella, com Sol e Maya,
que passaram por câncer de mama e estão controladas.
“Câncer não é mais fim de vida, mas sim uma doença crônica, controlada, basta o tutor fazer o seu papel, que é diagnosticar precocemente”, destaca o médico veterinário José Carlos Zanella, da Planeta Bicho. Foi o que aconteceu com Sol e Maya, da tutora Julia Dalla Valle, de Pato Branco. Elas passaram por câncer de mama, fizeram quimioterapia e estão controladas.
Cachorras e gatas são constantemente acometidas por câncer de mama. “Nos cães, em torno de 25% das fêmeas podem apresentar algum tipo de nódulo mamário, que vão se desenvolver num câncer, desses casos, 50% são malignos. Já nas gatas, 8% desenvolvem câncer ao longo da vida, no entanto, 85% são malignos, é mais agressivo”, destaca Zanella.
O diagnóstico é feito através de inspeção visual e palpação; qualquer nódulo ou mudança de consistência da mama é um sinal. “Além disso, mamas que produzem secreção após o cio e permanecem produzindo leite ou secreções, mesmo sem ter gestado, é outro sinal clínico significativo. São suspeitas, então o dono deve procurar um veterinário”, diz Zanella. O diagnóstico definitivo se faz através da confirmação do veterinário e biópsia.
As causas ainda não são definidas, mas, conforme Zanella, é sabido que o risco aumenta em animais que tomam anticoncepcionais, são obesos ou tiveram antecedentes com câncer mamário.
Prevenção e tratamento
A prevenção pode ser através da castração precoce, antes do primeiro cio, evitar fatores de risco, como o uso de anticoncepcionais e obesidade. “Animais obesos estão sujeitos a outras doenças metabólicas também.” O tratamento normalmente é a remoção de todas as mamas e, dependendo do tumor, são necessários quimioterápicos.
“Importante é ter noção de que tumor não significa fim de vida, uma vez diagnosticado, ninguém fica feliz, mas o diagnóstico precoce é muito melhor, porque as chances de sobrevida deste animal são boas.”