A previsão é do compositor, o carioca Felipe Radicetti que tem 40 anos de experiência como profissional da música no Rio de Janeiro.

Felipe Radicetti durante a entrevista de ontem para Almir Zanette, no Programa Cidade Aberta,
da Rádio Educadora de Francisco Beltrão. Foto: Ivo Pegoraro/JdeB
Ontem, no Programa Cidade Aberta, da Rádio Educadora, o apresentador Almir Zanette entrevistou o compositor das músicas que serão a grande atração cultural deste fim de semana em Francisco Beltrão (sexta-feira e sábado) e Pato Branco (domingo), sobre a Revolta dos Posseiros.
Luiz Felipe Radicetti Pereira, ou simplesmente Felipe Radicetti, é carioca de nascimento, formado como organista e, “por necessidade profissional”, tornou-se compositor. De 1987 a 1993 trabalhou na Globograf, que é o setor da Rede Globo dedicada aos comerciais feitos de computação gráfica, depois, por 25 anos, trabalhou como criador e maestro de uma produtora de comerciais do Rio de Janeiro. Também trabalhou muito com teatro, atualmente tenho trabalhado como compositor para cinema e também como cancioneiro, tendo lançado 14 CDs, mais algumas músicas de concertos, entre elas uma cantata composta em 1997 e executada no Rio de Janeiro, e mais algumas obras para órgão. Mas a obra mais extensa e mais importante, segundo sua avaliação, é a Cantata da Revolta dos Posseiros, que tem 40 minutos (ininterruptos) de duração, com mais de 270 páginas de partituras.
Felipe Radicetti se envolveu na Revolta dos Posseiros depois que chegou a Francisco Beltrão, há quatro anos, acompanhado da esposa, Romilda de Souza Lima, que é professora da Unioeste.
Sobre a Cantata, ele relatou, ontem, para Almir Zanette e os ouvintes da Rádio Educadora: “A composição da Cantata demorou seis meses. É importante destacar e assumir que é uma história épica para todo o Brasil; é uma história que vai para o palco onde as obras consagradas costumam estar. Isso significa dizer que um tratamento, vamos chamar de clássico, embora a música da Cantata seja uma forma musical que permite ao compositor desenvolver mais a dramaturgia e mais a parte literária do que obedecer uma forma fixa musical. A Cantata tem essa função”.
“Na apresentação – continuou Radicetti –, nós vamos ter uma orquestra sinfônica (de Valinhos, SP, dirigida pelo beltronense Jerci Maccari), um coro bem grande com as quatro vozes – sopranos, tenores, altos e baixos – e um grande solista que é a linda voz do Etcheverry (Rebelatto), tenor que é um grande solista e que pode levar essa obra não só aqui no Paraná, mas em todas as capitais do País. E essa é a nossa intenção: reproduzir nos anos seguintes em todos os palcos das grandes cidades brasileiras”.