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Muitas pessoas sonham em empreender no Brasil, mas nem todas conseguem tirar a ideia do papel. Ter o próprio negócio não é tarefa simples, demanda muito trabalho, dedicação, recursos financeiros, busca por conhecimento e perseverança. Mas quando há crédito e informação são dois problemas a menos a serem resolvidos
Daniele Wagner sabe bem o que é isso quando resolveu deixar de ser empregada para abrir seu próprio negócio. Ela se formou em Estética e Cosmética há 6 anos na Unipar. No último ano do curso começou a trabalhar numa clínica e depois de dois anos decidiu abrir a sua própria empresa. “Foi um começo difícil porque precisava dos equipamentos e aparelhos e tudo é muito caro.” Daniele esteve nessa semana na Prefeitura de Francisco Beltrão, representando os microempreendedores, em um ato simbólico pelos 1.500 projetos liberados pelo Banco do Empreendedor.
A profissional tinha um pouco de dinheiro, mas não era o suficiente. Então começou a pesquisar linhas de crédito e foi no Banco do Empreendedor que encontrou sua melhor opção. “O juro deles é muito menor que nos bancos convencionais, tem menos burocracia, são especializados em microcrédito.”

Daniele já fez três operações de empréstimo. Em 2014, quando abriu a clínica, depois que pagou fez novo empréstimo para se aperfeiçoar e buscar novos equipamentos e o último foi para mudar de sede e melhorar a sua estrutura. No total, ela já financiou R$ 35 mil. “Valeu a pena empreender, se tivesse que voltar faria tudo de novo.”
Denise de Souza e o filho Zanzibar Júnior abriram uma hamburgueria artesanal há 5 meses. A família veio de Joinville (SC) para Francisco Beltrão e estava disposta a abrir um negócio, mas faltava capital. “Participamos do curso Bom Negócio, que foi muito útil, e pegamos o primeiro empréstimo de R$ 5 mil para comprar os insumos e equipamentos, porque não tínhamos nada, só vontade de trabalhar”, conta a microempreendedora. Eles fazem somente entrega delivery, mas o negócio deu tão certo que eles mudaram para uma sala maior e estão planejando começar o atendimento ao público. O segundo empréstimo foi no valor de R$ 6 mil para ajudar melhorar a infraestrutura. “Na primeira semana começamos com uma média de cinco lanches por dia, hoje fazemos 80. Se não fosse esse capital inicial do Banco do Empreendedor não teríamos começado.”