Com a pandemia, muita gente passou a se deslocar menos ou deixar o carro encostado na garagem, mas é preciso se atentar à manutenção, mesmo rodando pouco.
A retomada de algumas atividades, como aulas e trabalhos presenciais, fez crescer o uso de veículos nas últimas semanas. Desde o início da pandemia, muita gente adotou o home-office, suspendeu viagens e passou a ter aulas on-line e o novo estilo reduziu drasticamente os deslocamentos com carro. Agora, o uso mais intenso do veículo exige atenção, mesmo que ele tenha rodado pouco neste último ano.
Uma das principais dicas do empresário Bruno de Bona, sócio proprietário da Automix, é se atentar a itens que precisam ser trocados com o tempo, independentemente da quilometragem. É o caso do óleo lubrificante do motor e dos fluídos do radiador, direção e freio. “Cada modelo tem um período indicado para troca desses fluídos, seja por quilometragem ou tempo, o que vier primeiro, por isso é importante fazer uma verificação e, se estiver fora do prazo, a troca”, comenta de Bona.
Um dos problemas mais comuns em veículos que permanecem sem uso por muitos dias é a perda de carga da bateria. Mesmo que ela esteja em boas condições, a energia necessária para alimentar a memória de alguns módulos acaba por descarregá-la. “É importante que o proprietário rode pelo menos uma hora por semana com o carro para que o alternador consiga recarregar a bateria. Ligar o carro por poucos minutos pode ser mais prejudicial ainda, já que a partida consome muita energia e nem sempre o tempo ligado é suficiente para recarregar”, explica Laís de Bona, sócia proprietária da Automix.
Se a bateria “arriar”, não é indicado dar tranco; o ideal é acionar um profissional para fazer transferência de carga. A perda de carga não é sinal de que a bateria está condenada: é preciso avaliar o componente antes.
Inspeção antes de trocar
Outra recomendação é manter a calibragem correta dos pneus e observar sempre a recomendação do fabricante, além de alguma luz indicativa que possa acender no painel. Bruno explica que dificilmente viu casos de mangueiras ressecadas devido ao pouco uso – elas contêm fluídos dentro – mas já teve de socorrer carros em que o freio de mão travou devido ao tempo parado.
“Sempre que o motorista deixa o carro sem rodar por muito tempo é bom fazer uma inspeção. Aqui, checamos os itens mais críticos e avaliamos se é necessário substituir ou não, considerando sempre as recomendações técnicas e de segurança”, finaliza.
