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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Carta aberta dos hospitais faz alerta dramático aos deputados estaduais

Para o diretor não há mais espaço, nem equipes, para ampliar o atendimento a pacientes da Covid-19.

Deputado Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, com o diretor-técnico do Hospital Nossa Senhora das Graças, Luiz Sallim Emed.

“Os hospitais signatários não estão conseguindo mais absorver pacientes pela demanda de leitos, em especial, aqueles com indicação de UTI”. O alerta dramático faz parte de uma carta aberta assinada pelos diretores-técnicos dos 28 maiores hospitais de Curitiba entregue segunda-feira, 22, ao deputado Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, pelo doutor Luiz Sallim Emed, diretor-técnico do Hospital Nossa Senhora das Graças.

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A iniciativa é uma espécie de grito de alerta para a gravidade da situação do setor de saúde e uma tentativa de mobilizar a adesão da população e autoridades a adotar as medidas preventivas. A correspondência também será entregue ao secretário estadual de Saúde, Beto Preto, ao governador Ratinho Júnior e aos prefeitos da Região Metropolitana.

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Sallim Emed enfatizou que o documento representa a posição de oito a dez mil médicos do corpo clínico desses 28 hospitais e seu alerta sobre a gravidade da situação vivida no Paraná, deve ser levado muito à sério pela população e pelas autoridades.

O médico destacou e agradeceu o papel exemplar desempenhado pela Assembleia, no curso da pandemia, disponibilizando recursos próprios para a compra de vacinas, compra de EPIs, e instalação de leitos de enfermarias e UTIs. Além da prontidão mostrada pelo Parlamento para se manter em atividade, até mesmo no período de recesso, para dar agilidade às ações do Governo do Estado no combate à pandemia.

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Traiano respondeu que a Assembleia, “como sempre fez ao longo dessa crise – que agora está em seu pior momento – continuará dando sua contribuição para ajudar a conter a pandemia, além de viabilizar todas as ações do Governo no combate à doença”.

O médico Salim Emed destacou que foi atingido outro patamar na emergência sanitária provocada pela pandemia com a demanda crescente de pacientes contaminados e de doentes que buscam atendimento médico nos ambulatórios e unidades de saúde que atingiram sua capacidade máxima de atendimento.

O documento enfatiza que: “Alertamos os nossos clientes/usuários que o momento da pandemia da Covid-19, é dramático. Trata-se de um inimigo invisível e devastador, que não distingue escolaridade, raça, credo, ou poder aquisitivo. O total de casos ativos e de óbitos é o maior desde o início da pandemia. Com as novas cepas mais transmissíveis, temos maior número de pessoas doentes, como o vírus não circula sozinho ele precisa de contato entre as pessoas para disseminar a doença, por consequência, exigindo mais leitos e infraestrutura de atendimento”.

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Não subestime a gravidade da crise
Alerta ainda que a capacidade hospitalar está comprometida e que ninguém deve subestimar a gravidade da crise: “Para atender à crescente demanda, leitos foram ampliados nos hospitais públicos e privados de Curitiba e Região Metropolitana, e todos estão já ocupados. Inclusive, estamos com pacientes críticos em unidades de emergência aguardando vagas nas unidades de Terapia Intensiva. Neste momento, estamos extremamente limitados para novas ampliações, ou por falta de infraestrutura (espaço físico, equipamentos) ou ausência de equipes para operacionalizar outros espaços. Nossas equipes têm atuado de forma dedicada e competente para manter o atendimento aos que necessitam, mas a sobrecarga de trabalho e a duração desta pandemia tem abatido a energia de todos. No entanto, continuamos atuando por responsabilidade profissional, solidariedade e heroísmo”.

E conclui: “Os diretores-técnicos dos hospitais, cientes da sua responsabilidade de garantir a segurança da assistência e zelar pela boa prática médica de suas equipes vêm a público demonstrar a sua preocupação quanto ao esgotamento absoluto dos recursos para manter o atendimento dentro dos padrões exigidos, mesmo em nossa cidade que tem um sistema de saúde muito bem organizado e reconhecido nacionalmente”.

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