2.5 C
Francisco Beltrão
terça-feira, 24 de junho de 2025

Edição 8.231

24/06/2025

Cavaleiros do Sudoeste percorrem caminhos dos tropeiros gaúchos

Cavaleiros do Sudoeste percorrem caminhos dos tropeiros gaúchos

Jornal de Beltrão
A saga dos tropeiros gaúchos que no século 19 levavam o gado das estâncias para serem comercializados e abatidos na Província de São Paulo está sendo revivida, pelo menos em parte, por 63 sudoestinos que integram a 14ª Cavalgada da Integração. Cavaleiros dos CTGs de Francisco Beltrão (Recordando os Pagos), Capanema e Planalto e da Casa Civil do Governo do Paraná integram o grupo.
No ano passado a 13ª Cavalgada da Integração começou de Tenente Portela e terminou em Santo Augusto, terra de Caíto Quintana, chefe da Casa Civil, que integrou a comitiva. Neste ano, a coordenação da cavalgada decidiu que Santo Augusto seria o ponto de partida e a chegada será em São Luiz do Gonzaga, na região das Missões. Alberi Agnoletto, coordenador da cavalgada, diz que serão percorridos de 250 a 270 quilômetros. Foram quase quatro meses de preparação para esta viagem, que passa por estradas vicinais e caminhos.
A comitiva está visitando estâncias (fazendas) e CTGs, onde são servidos os almoços ou jantas. Cantores, trovadores e músicos da região animam as paradas do grupo de cavaleiros, promovendo tertúlias (sessões culturais). Os fazendeiros, autoridades tradicionalistas e políticas que acolhem os cavaleiros recebem lembranças. Em cada cidade o grupo chega empunhando bandeiras do Brasil, Paraná, Rio Grande do Sul, CTGs e da 9ª Região do MTG-PR, que abrange 15 CTGs do Sudoeste, entre outras.
A cavalgada conta também com rancheiros que cuidam dos apetrechos e cavalos e o mestre de cerimônia (xiru das falas) para coordenar os eventos nas estâncias e CTGs. Como bons tradicionalistas, eles andam de bombachas e botas.
Roteiro
Os cavaleiros saíram de Santo Augusto na manhã de domingo, 9, e  hoje devem chegar a São Miguel das Missões, onde almoçam e pernoitam. Na tarde de segunda-feira, 10, em Catuípe, aproximadamente 500 cavaleiros iriam recepcionar o grupo de sudoestinos. Cada município ou estância recebe os cavaleiros à sua maneira e costumes.
Neste ano, a Cavalgada da Integração teve uma inovação importante. Cada cavaleiro recebeu uniformes patrocinados por várias empresas. ?Cada dia temos um uniforme diferente, para marcar e definir o grupo?, destaca Alberi Agnoletto. O uniforme facilita a identificação dos cavaleiros tanto para a coordenação da cavalgada quanto para as pessoas que os recebem em estâncias, cidades e CTGs.
O fotógrafo Olivo Bordignon, 72 anos, morador há 56 anos de Francisco Beltrão, participou de pelo menos 11 cavalgadas. Mesmo com a chuva que caiu sábado, pela manhã, durante a partida do grupo de Francisco Beltrão, Olivo estava animado para participar de mais uma cavalgada. ?A chuva não me atrapalha em nada?, brincou. O fotógrafo levou o cavalo Baio, mas em sua propriedade ele tem outros dois cavalos.
A cavalgada não tem apenas adultos ou idosos, alguns filhos de tradicionalistas também aderiram ao desafio de montar o lombo de cavalo por seis dias.
Ontem, no município de Entre-Ijuis, outros cavaleiros do Sudoeste iriam se juntar ao grupo e seguirão até São Luiz do Gonzaga, município onde acontecerá o encerramento da viagem. O retorno a Francisco Beltrão está previsto para sábado, 15, pela manhã.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques