Equipes da Vigilância em Saúde estarão nos cemitérios orientando a população.
Os cemitérios se preparam para receber um grande público a partir deste fim de semana até o Dia dos Finados, lembrado segunda-feira, 2 de novembro. Para evitar a propagação do coronavírus, a orientação é para que as famílias não deixem de usar máscara de proteção facial e busquem horários alternados, adiantando ou postergando a visita para outros dias que não o do feriado.
Na sexta-feira, 30, ainda havia pessoas limpando túmulos no Cemitério Padre Arthur Vangel, no centro de Francisco Beltrão. Apesar da orientação de que as limpezas fossem feitas até dia 27, terça-feira, a administração local não tem impedido que os familiares organizem os espaços. “Pedimos que todos deixem ao menos organizado para facilitar o trabalho das nossas equipes, a fim de que tenhamos um Dia de Finados tranquilo”, apontou Dirceu Tonello, administrador do cemitério.
Neste ano, devido à pandemia, não será celebrado missas nos cemitérios. A orientação segue uma normativa publicada pelo Estado do Paraná no dia 27, para a não aglomeração e determina ainda a proibição de limpeza e manutenção dos túmulos e jazigos no feriado e o consumo de comidas e bebidas nos cemitérios. Os serviços de ambulantes e vendas em frente aos locais também estão proibidos. Crianças e pessoas de grupos de risco (idosos, grávidas, lactantes e portadores de doenças crônicas) também são orientadas a não frequentar os cemitérios no Dia dos Finados e nos dias que o antecedem.
Segundo a diretora o Departamento de Vigilância em Saúde de Beltrão, Andréa Maria Zorzo de Almeida, equipes do departamento também estarão nos três cemitérios orientando quanto ao distanciamento mínimo recomendado e os cuidados para a não proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.
Família adianta visita
Gessi Rodrigues, 30 anos, e a mãe, Samantha Rodrigues, 63, moram em Marmeleiro e adiantaram a visita aos túmulos dos cinco familiares que estão sepultados no cemitério de Beltrão. Na sexta-feira, elas acendiam velas e levavam flores, prática que mantêm todos os anos e que não deixaram de cumprir devido à pandemia. “Temos familiares e amigos aqui, é uma forma de lembrar deles”, disse Gessi, após acender velas ao pé da cruz, no centro do cemitério.
Jussara Maria Corazza também limpava o túmulo onde está o seu pai. Além do Dia dos Finados, ela também costuma fazer isso no Dia dos Pais. “É por respeito e por saudade. Venho e faço minhas orações.”
Em outro corredor, Roseli Moschen, de 55 anos, terminava de lavar a capela onde o pai e a mãe de Ademir Rosseto, de 52 anos, está sepultado. “Venho por uma questão de afeto, carinho e lembrança”, apontou Rosseto, que, apesar de estar no cemitério na sexta-feira, disse que retornará no Dia dos Finados, mantendo a tradição de honra aos pais.