Chinchila: o roedor mais companheiro e engraçadinho da espécie
Quem pensa que a espécie de roedores não agrada as pessoas está completamente enganado. Uma época os hamsters e os porquinhos da índia eram os mais conhecidos, tornando-se fáceis de domesticar. Agora, as chinchilas estão ganhando espaço na preferência das pessoas. Mas de onde vieram as chinchilas?
A espécie é originária dos Andes Sul-americanos, precisamente das altas planícies. Neste habitat natural fazia muito calor durante o dia, e muito frio à noite. Devido a seu hábito noturno, a chinchila se abrigava durante o dia em tocas, para se proteger do calor, e à noite, saía para comer.
Segundo o veterinário José Carlos Zanella, a chinchilas tem dupla função, ou seja, além de um animal de estimação, o bicho também é muito utilizado na produção de pele, aliás, uma das peles mais caras e macias do mundo; chega a custar R$ 1.000. “Mas para quem adora animais de estimação, e pretende ter um para alegrar sua casa, a chinchila é uma boa opção”, disse o veterinário.
Mas assim como todos os animais, os proprietários precisam tomar certos cuidados para manter uma chinchila em casa. “Primeiro, eles sofrem muito com o calor, pois em seu habitat natural viviam sob temperatura de 18º C e 20º C. Por isso, o essencial é viver em ambientes arejados, de preferência, o proprietário pode até colocar um ventilador próximo à gaiola do animal”, observa Zanella.
Cuidados com a alimentação e principais problemas
Em seu ambiente natural a chinchila vivia de grãos, e é assim que seu proprietário deve proceder. “É bom que eles comam rações, germem de trigo, aveia e trigo em grão, cevada, sal mineral (estes materiais estão prontos para o consumo nos pet shops), preferencialmente no período da manhã”, observa o veterinário.
Para que a chinchila viva bem seus aproximadamente 15 anos, o proprietário e criador devem ficar atentos a alguns sinais como, por exemplo, diarréia, prisão de ventre, falta de apetite e queda de pêlos. “Esses fatores são sintomas de que alguma coisa anda errada com seu animal de estimação. Além disso, é preciso tomar certos cuidados com o verão: nunca deixar faltar água; nunca transportar, viajar ou passear com o animal no horário de pico do calor; procurar o local de melhor ventilação para colocar a gaiola; e nunca deixar a chinchila exposta diretamente ao sol”, recomenda Zanella.
Um bom companheiro, que pode custar caro
A chinchila pode tornar-se um grande amigo de seu proprietário, além de dar menos trabalho do que um cão ou gato, por exemplo. Segundo o veterinário, este roedor é extremamente limpo e não desprende odores. “Além disso, é muito fácil fazer uma grande amizade com esses animais, pois são pacíficos e carinhosos, adaptando-se facilmente ao ambiente doméstico”, ressalta.
O que varia na chinchila são as cores e os preços, que são relacionados. Isto significa que cada cor tem sua parcela de valor. “O cinza custa R$ 70, já o Pink pode ser vendido por R$ 200, ainda quando filhotes. Na fase adulta podem ser avaliados em R$ 1.000. Além disso, as chinchilas podem ser encontradas nas cores bege, preta, toutch (mistura de bege com marrom)”, comenta o veterinário.
Conforme explica Zanella, a procura pelas chinchilas está muito grande ultimamente: “Isso se explica porque estes bichinhos são muito amigáveis e não necessitam de uma relação mais intensa como os cães, por exemplo, que os donos precisam caminhar e ficar mais tempo junto. Com a chinchila isso é diferente, ele fica muito bem sozinho, no entanto, adora a companhia do seu dono como qualquer animal de estimação”. (C.S.)