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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Chuvas boas para as pastagens, mas insuficientes para aumentar o nível das águas

Apesar do bom volume, precipitações foram insuficientes para mananciais.

Ricardo Kaspreski: chuvas foram boas.

Por Rodrigo Accorsi
A intensidade das chuvas do fim de semana foi satisfatória para as pastagens e para o campo, de forma geral, porém, foi insuficiente para mexer com os mananciais e minas d’água na região Sudoeste. Conforme as estações oficiais do Inmet e do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o volume de chuvas na região Sudoeste foi acentuado no último sábado, 19. A medição feita desde a sexta-feira, 18, registrou os seguintes números: Baixo Iguaçu: 43,8 milímetros; Dois Vizinhos: 52,5 milímetros; Francisco Beltrão: 57 milímetros; Planalto: 53,2 milímetros; Salto Caxias: 46,8 milímetros. 

Benéfico para pastagens
Segundo o engenheiro agrônomo Ricardo Kaspreski, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), núcleo de Francisco Beltrão, as chuvas foram benéficas para as pastagens de inverno. “Chuvas boas para o desenvolvimento do trigo e para as pastagens perenes, porém, na nossa região, se usam mais as pastagens anuais de inverno, como aveia e azevém”, conta. Ele informa, ainda, que não há um cálculo de qual o volume ideal de chuvas seria necessário. “É melhor um longo período chuvoso para dar mais tempo da infiltração da água no solo. Acredito que seria necessário um volume superior aos 200 mm”, diz.

Pastagens e milho
O secretário de Agricultura de Marmeleiro, Sidiclei Risso, confirma que o volume registrado no fim de semana foi essencial às pastagens e também para o milho safrinha, mas insuficiente para mexer com o nível de água de rios e fontes. “Para as pastagens de inverno e para o milho, que está em fase de enchimento de grão, foi muito bom. Também foi bom para a pastagem do gado de leite e para cobertura de solo, para aqueles que não utilizam como pastagem. Mas ainda estamos com problemas nas nascentes e nas minas d’água”, avalia Sidiclei. 

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Pato Branco
Na região de Pato Branco, que tem abrangência de 15 municípios, o técnico Ivano Carniel, também do Deral/Seab, reforça que foram chuvas muito boas para o desenvolvimento das pastagens, mas que, para as nascentes e mananciais de água, ainda precisa chover mais. “A média de chuvas que tivemos na região foi de 70 a 80 milímetros. Essas chuvas foram altamente benéficas para o desenvolvimento inicial do trigo e para a retomada do desenvolvimento das pastagens, naturais ou plantadas”, conta Ivano.

Ciclo de estiagem
Da mesma forma que Ricardo e Sidiclei, Ivano diz que haveria necessidade de um volume mais elevado de chuvas para que os mananciais possam começar a dar retorno, tendo em vista que há algum tempo o Estado do Paraná vive um ciclo de estiagem. “Esse último ciclo começou em fevereiro na nossa região. De fevereiro até o dia de hoje, 21 de junho, choveu apenas 250 milímetros. O volume esperado nesse período era de 600 a 650 milímetros. Para a recomposição do nível das águas, o que choveu ainda é insuficiente”, revela. 

O inverno começou com chuva fina e serração na cidade e no interior de Francisco Beltrão.

 

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