Coordenador do CRE acredita que as pessoas estão com receio de se contaminar, por isso a queda no índice.
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O índice de comparecimento de pacientes às consultas e exames no Centro Regional de Especialidades (CRE), em Francisco Beltrão, havia melhorado antes da pandemia do coronavírus, que chegou ao Paraná em março de 2020.
“Hoje não, hoje voltou a ter bastante falta”, reconhece Helton Pfeifer, coordenador geral da Associação Regional de Saúde do Sudoeste (ARSS), mantenedor do CRE. “Acredito que seja o medo das pessoas de pegar o coronavírus”, aponta Helton.
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Entre 2018 e 2019, as secretarias de Saúde dos 27 municípios que integram a ARSS realizaram um trabalho intenso de conscientização e orientação às pessoas para que não faltassem aos exames e consultas agendados no CRE. “Existe o serviço de consultas e um serviço continuado de Neurologia e Cardiologia. E nestes serviços o pessoal começou a deixar de vir”, diz Helton.
Nos municípios, as secretarias de Saúde avisam os pacientes sobre as datas de vindas ao CRE para as consultas ou exames. Em cada cidade há uma pessoa responsável por marcar as consultas e exames. Desde abril de 2020, o CRE está limitando sua capacidade para consultas e exames a 60%, principalmente de consultas. Isso devido às restrições impostas pelas autoridades de saúde, para evitar a aglomerações e favorecer a disseminação do coronavírus. Mas nesta semana as consultas estão suspensas devido aos decretos dos governos estadual e municipal.
Maior demanda em especialidades
No começo de fevereiro, o Conselho Regional de Secretários Municipais de Saúde (Cresems) se reuniu com o coordenador da ARSS/CRE, Helton Pfeiffer. Eles entregaram uma extensa pauta para ampliar e melhorar os serviços prestados pelo CRE. Querem mais especialistas em Urologia, Endocrinologia, Pneumologia e Neurologia. Helton adianta que “nós estamos aumentando a demanda de consultas, estamos buscando aumentar o número de consultas nestas especialidades”.
O aumento da demanda nestas áreas, conforme Helton, “já é o reflexo do ano passado, da pandemia. Nas áreas de Neurologia, Urologia, Endocrinologia e Oftalmologia será aumentado o número de consultas já a partir de março”. Helton, no entanto, não adiantou quantos médicos ou quantas consultas a mais serão disponibilizados nestas especialidades.