Professores da rede estadual de ensino estão paralisados desde 25 de abril.

para isso, ela conta com a nota do Enem.
Com os professores e servidores estaduais em greve em todo o Paraná, alunos do terceiro ano do Ensino Médio e que desejam fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estudam em casa. As inscrições para a prova começaram dia 25 e se estendem até dia 5 de junho, pelo site enem.inep.gov.br. Ana Carolina Westphal e Natieli dos Santos têm 16 anos e cursam o 3° ano no Colégio Estadual Léo Flach, no bairro Padre Ulrico, em Francisco Beltrão. Elas se prepara para fazer a prova que as ajudará a entrar em uma universidade.
Segundo Ana Carolina, antes do início da greve os professores orientaram os alunos para que continuassem se informando e lendo muito. “Acredito que eles não previam uma greve tão grande. Então estamos estudando com os livros da escola mesmo. Ele traz questões do Enem para responder”, diz Ana. “No site do Enem tem simulado da prova e pesquisamos na internet também”, completa Natieli.
As alunas comentam o fato de serem de famílias humildes e não terem condições de pagar uma faculdade, no entanto, “agora tem mais oportunidades do que na época de nossos pais”. Porém, Ana Carolina acredita que é difícil fazer uma boa prova sem a orientação dos professores. “Para passar de ano, eu acho que não dá mais tempo, o mais importante seria focar no Enem”, analisa Ana Carolina.
As duas também vão tentar resolver juntas os exercícios de provas passadas do Enem, como forma de exercitar os conhecimentos. Ana Carolina gostaria de cursar Ciências Sociais. Ela descobriu a graduação em uma pesquisa sobre profissões feita na escola. “Gosto de tudo que envolve pessoas”, enfatiza a aluna. Natieli quer cursar Biologia.
Opinião sobre a greve
No começo do movimento dos professores, as alunas os apoiavam e, inclusive, fizeram ações a favor dos grevistas. Ana Carolina considera direito deles fazer greve, assim como de qualquer trabalhador. “Mas a partir de um momento já parece que eles só estão focados no direito deles, talvez não devessem todos parar”, avalia a aluna.
Natieli tem um filho e não sobra muito tempo para estudar. As duas também fazem o curso de web design, pois dizem que está muito difícil de conseguir um emprego. “Acho que este ano não tem motivos para as aulas voltarem, como vamos repor se praticamente não tivemos aula?”, questiona Natieli. “Então a gente faz curso, ocupa a cabeça com algo produtivo até conseguir um emprego. Em relação à greve, a gente não tem muito o que fazer, o governo parece que não está aí pra gente”, reclama Ana Carolina.
No Núcleo Sindical da APP, no bairro Vila Nova, os educadores também vão ajudar os alunos que querem se inscrever no Enem e não têm local para preencher os dados.

auxílio de pesquisas na internet.