Com Ibcor, Francisco Beltrão vira referência em atendimentos cardiológicos

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Por Lucas Carniel

Fundado em setembro de 2017, o Instituto Beltronense do Coração (Ibcor) já é referência no atendimento para doenças cardíacas na região. A clínica trabalha em parceria com a Policlínica São Vicente de Paula e realiza exames de hemodinâmica, tais como cateterismo e angioplastia. Também oferece o procedimento de cintilografia. Os atendimentos são particulares ou por convênio médico e são realizados por uma equipe multidisciplinar.

De acordo com o médico cardiologista Márcio Archanjo, o instituto oferece o que há de mais moderno em atendimento de infarto agudo. “O tratamento que disponibilizamos em Francisco Beltrão é o que existe de melhor no mundo na atualidade. Há pouco tempo, um paciente infartado precisava recorrer a atendimentos em outras cidades, porque não tínhamos aqui. Com o Ibcor, conseguimos oferecer um serviço de extrema qualidade, com equipamentos modernos e profissionais qualificados”, afirma.

São atendidos principalmente pacientes com doenças isquêmicas do coração e infartos agudos. No entanto, o dr. Márcio alerta que as pessoas não devem esperar um evento de maior gravidade para procurar atendimento especializado.

“Cerca de 90 por cento dos nossos pacientes são eletivos. Por isso, os testes de rotina são importantes para detectarmos possíveis problemas”. No procedimento de angioplastia, especialidade do dr. Márcio, é realizada, por meio da máquina de hemodinâmica, a desobstrução de artérias do coração. Além dele, o dr. Fernando Pasin, especialista em hemodinâmica, também atende na clínica.

Cintilografia
Uma outra especialidade do instituto é a cintilografia, que é realizada pelo médico nuclear Rodolfo Montemezzo. A cintilografia é um procedimento que permite assinalar num tecido ou órgão interno a presença de um radiofármaco e acompanhar seu percurso graças à emissão de radiações gama, que fazem aparecer na tela uma série de pontos brilhantes – a cintilação.

“A medicina nuclear é uma especialidade complementar que trabalha com diagnóstico e tratamento. Essa especialidade é diferente da radiologia, por exemplo, pois, na medicina nuclear, quem emite a radiação é o próprio paciente. Nós injetamos nele a radiação (junto com outras substâncias), que manda o radiofármaco para o órgão específico. Com isso, é possível fazer uma análise fisiológica do órgão de forma muito precisa e menos invasiva. A partir desse procedimento, é possível ver o órgão funcionar em tempo real”, afirma dr. Rodolfo. A cintilografia pode ser realizada em outros órgãos, além do coração. O médico cita um procedimento realizado recentemente em que o paciente era portador de um câncer de tireoide.

No caso da medicina nuclear, a clínica também presta serviço para o SUS.

Em Francisco Beltrão, o tratamento era inédito. Antes de o Ibcoroferecê-lo, os pacientes precisavam se deslocar para Pato Branco, Cascavel ou Curitiba.