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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Com viés negativo, Estrada do Colono vira reportagem na Folha de S. Paulo

A notícia se atrapalha e diz que o trecho a ser reaberto seria de “100 quilômetros” — na verdade são 17,5 quilômetros — entre Capanema e Serranópolis do Iguaçu.

Reportagem publicada 2ª-feira, assinada pela jornalista Ana Carolina Amaral. Foto: JdeB

E a Estrada do Colono — trecho de Capanema a Serranópolis do Iguaçu, fechado desde os anos 80 — chegou à Folha de S. Paulo. Mas de forma negativa, conforme reportagem da jornalista Ana Carolina Amaral, que, na edição de segunda-feira, alerta sobre a preocupação da Unesco com a reabertura do trecho (que o texto se atrapalha e erra ao dizer que seriam de 100 quilômetros, ignorando os verdadeiros 17,5 quilômetros), além de ser uma área de “bichos ameaçados”.

A notícia cita os dois projetos que foram mexidos e encaminhados neste ano: o primeiro, através do senador Álvaro Dias (Podemos), que desengavetou a primeira proposta do ex-deputado Assis do Couto (PDT), e o segundo, o projeto apresentado em março pelo deputado federal Nelsi Maria Vermelho (PSD). Ambos foram ouvidos pela repórter;

O senador disse à Folha que a tramitação avançada é uma vantagem. Já o deputado Vermelho disse que a aprovação da sua versão seria mais viável porque o texto é mais simples, “deixando as condicionantes da estrada para serem regulamentadas em um segundo momento, após a aprovação do projeto, junto à sociedade e a órgãos ambientais”, citou a reportagem.
O objeto dos dois projetos é fazer da Estrada do Colono uma estrada parque. O de Vermelho passou, na semana retrasada, na Comissão de Viação e Transporte e agora está na Comissão do Meio Ambiente. Por ser “emenda terminativa”, não precisará ser aprovada no plenário.

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Segundo a reportagem, a possível reabertura do trecho preocuparia a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), que vê preocupação com “a biodiversidade” e que a região está incluída na “lista de patrimônio da humanidade”.

Movimentação pela reabertura renasceu neste ano
A sociedade e os políticos do Sudoeste começaram o ano de 2019 se mobilizando em favor da luta pela reabertura da Estrada do Colono — seja estrada parque ou qualquer outra modalidade.

A Prefeitura de Capanema apresentou uma lei colocando a estrada do Colono como “patrimônio de valor histórico e cultural para o município”, com o apoio dos vereadores.

O bispo d. Edgar, da Diocese de Palmas e Francisco Beltrão manifestou apoio à luta. Os executivos e legislativos de Planalto e Pérola d´Oeste, recentemente, também externaram apoio.
Vermelho defende a integração do Parque Nacional do Iguaçu com a região. “A abertura da estrada parque contribuirá com a preservação dessa unidade de conservação, elevando, inclusive, o nível de consciência da população. Uma vez que um meio ambiente equilibrado serve a todos, mas uma unidade de conservação isolada não cria benefícios à população, tampouco aumenta a compreensão de sua importância”, analisou o deputado.

Em março, o então prefeito em exercício de Francisco Beltrão, Antonio Pedron (PSD), recebeu o juiz aposentado Márcio Geron e o empresário Luis Fernando Luersen, vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Capanema. O assunto tratado foi a nova mobilização pela reabertura da Estrada do Colono.

“O nosso movimento cívico se dá em função da necessidade da reabertura desta estrada. É totalmente possível compatibilizar a natureza e o desenvolvimento”, definiu Geron, que concluiu: “Vamos continuar buscando apoio da comunidade regional e esperamos que o nosso sonho se torne realidade”.

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