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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Comece o dia tomando uma xícara

Amanhã, 24 de maio, é o Dia Nacional do Café e do Profissional Barista.

 

Gabriel dos Santos é barista formado na Iraci e 
comemora a data com muito orgulho.

 Todo dia é dia de café, como comprova o fato de 95% dos brasileiros acima dos 15 anos consumirem ao menos uma xícara diariamente. Só isso já poderia ser considerado uma grande homenagem a essa bebida. Mas desde 2005, quando a data 24 de maio foi incorporada ao calendário brasileiro de eventos como “Dia Nacional do Café”, a comemoração ganhou outra dimensão, passando a ser festejada por indústrias, produtores, exportadores, cooperativas, varejo, cafeterias e por todos os apaixonados por café.

A sugestão de se criar o Dia Nacional do Café no mês de maio, época que marca o início da colheita na maioria das regiões produtoras do país, foi feita pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O objetivo é promover, valorizar e manter viva, junto aos consumidores, a importância histórica, social e econômica deste produto que é cultivado há aproximadamente 300 anos em terras brasileiras, desde que as primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa para Belém, no Pará, por Francisco Melo Palheta, em 1727.
Pingado com leite, coado, filtrado, com ou sem creme, tirado de uma máquina de ‘espresso’, adoçado ou não, cappuccinos, feito na prensa francesa. Não importa qual a receita, o fundamental é que o café seja puro – que é o primeiro passo para a qualidade. 
Hoje, com a Instrução Normativa N° 16, pureza do café é lei, e o Ministério da Agricultura poderá punir as indústrias que produzirem café fora das especificações. E a Abic não só continuará com o seu programa, paralelamente ao do governo, como o está reforçando junto às indústrias e ao varejo. Primeiro, porque o monitoramento feito pela entidade, combinado com outros instrumentos como as pesquisas de opinião, serve para que ela possa orientar as torrefadoras, corrigindo os rumos e se antecipando às tendências de consumo. Em segundo lugar porque o Selo de Pureza estampado na embalagem é a garantia para o varejo e o consumidor de estarem adquirindo um produto puro e dentro da lei.
Desde o início, a seriedade e a transparência do processo de coleta e análise asseguraram a credibilidade do programa do Selo de Pureza junto ao mercado e aos consumidores. As amostras de café são coletadas, sistematicamente, por auditores independentes e apenas nos pontos de venda, nunca na fábrica (a mesma conduta foi adotada na IN 16, e os fiscais do Mapa farão a coleta apenas no varejo). Após a coleta, elas são enviadas aos laboratórios credenciados que, após análise, emitem um laudo sobre sua composição.
Por meio do Programa Permanente de Controle do Café, mais de 2,8 mil amostras são coletadas todos os anos, o que de fato tem inibido a ação de empresas que tentam adulterar seus produtos. “Por isso mesmo, o Selo de Pureza continua sendo fundamental para o combate à fraude e à comercialização de cafés de baixíssima qualidade e com alto percentual de impurezas”, disse o presidente da Abic, Almir José da Silva Filho.

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Cenário beltronense
Com uma proposta de inserir o hábito de tomar café na cultura beltronense, a Iraci Cafeteria e Confeitaria foi buscar nos grandes centros urbanos as técnicas e produtos que satisfazem o paladar dos clientes mais exigentes.  O sócio-proprietário André Ruaro destaca que o beltronense está com novos hábitos e toma café não só pela manhã, mas também no meio do dia. “As pessoas usam o pretexto do café para se encontrarem, para conversarem e passarem momentos agradáveis, num ambiente gostoso, num clima aconchegante e degustando um delicioso café”, afirma. Num panorama de mercado, se comparado com o mesmo período do ano passado, André considera que já houve o aumento no consumo de café em 20%, sendo satisfatório, na opinião do empresário. 
O café, como bebida milenar, tem um diferencial na capacidade de estar sempre atual e moderno. As indústrias torrefadoras e empresas fabricantes de produtos afins têm investido continuamente em inovação e hoje são tantas as variedades e marcas de café, máquinas e acessórios à disposição que é possível ter uma pequena cafeteria em casa. “Antes não tinha opção em Francisco Beltrão, mas agora são diversos lugares e todos com uma gama de diversidades”, diz André. 
Essa é uma das razões para as pessoas estarem consumindo mais xícaras de café por dia e diversificando as formas de preparo, adicionando ao café filtrado consumido nos lares também os cafés ‘espressos’, cappuccinos e combinações com leite. Outra razão é a melhoria da qualidade do café que vem sendo ofertado aos consumidores. “O café é comparado ao vinho, pois precisa ser degustado para o cliente desfrutar do aroma e sabor do produto”, comenta o empresário. 

André Ruaro, empresário e barista, com uma xícara 
em que foi utilizada a técnica do leite no café.

 

 

Amanhã também é Dia do Barista

O empresário André Ruaro também é barista, pois foi treinado em Curitiba pelos melhores especialistas no assunto, da empresa Lucca Café. Depois, mais dois profissionais foram formados por ele e trabalham na Iraci Cafeteria e Confeitaria: Gabriel dos Santos e Tainara Didomênico. A data é comemorada desde 2007 e o profissional é reconhecido pelo fato de criar novas bebidas baseadas no café, utilizando licores, cremes, bebidas alcoólicas e outras variações. A principal característica de um bom barista é ter “sensilbidade e flexibilidade em lidar com as pessoas, além de utilizar as técnicas desenvolvidas com um café de qualidade”, explica André.

 

 

 

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