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Nas últimas semanas, foram registradas mortes na China provocadas pelo coronavírus. Não há confirmação do fator desencadeante que causou a mutação do vírus, porém há algumas especulações de cientistas e pesquisadores, já foram citados alguns possíveis hospedeiros, como morcego, pangolim (mamífero em extinção) e outros animais. O estudo tenta fazer uma ligação do consumo da população do ponto principal de contaminação (Wuhan) com os animais.
O gigante asiático parou com o objetivo de tentar conter a proliferação da doença. Marcos Troyjo é o secretário de Comércio Exterior e Relações Internacionais, ele afirma que o Brasil possui uma grande carteira de consumidores no mundo e possui diversidade suficiente, não dependendo apenas do país asiático para manter a balança comercial positiva.
No entanto, podem existir consequências. A curto prazo alguns estados brasileiros que possuem como atividade principal a produção de automóveis e máquinas podem ficar com suas fábricas paradas, por falta de peças para reposição. Companhias de transporte aéreo e marítimo já aumentaram as tarifas de frete para cargas com destino ao continente asiático. Também a redução das exportações brasileiras e queda nos valores das mercadorias. A Anvisa adotou procedimento para todas as embarcações com suspeita da doença, podendo impedir ou paralisar suas operações. Até o momento, o governo não constatou queda nas exportações brasileiras, mas afirma que haverá em médio prazo.
Enquanto muitas fábricas foram prejudicadas, o setor farmacêutico e de materiais hospitalares se beneficiou. Chegou a faltar máscaras e luvas, pela utilização sem necessidade de algumas cidades no mundo. Em momentos como esse a tecnologia se faz ainda mais necessária. As autoridades chinesas estão operando drones para garantir que a população só saia de casa utilizando máscaras, os drones também estão sendo utilizados para pulverizar desinfetante. A frota de drones tem capacidade de cobrir até 300 mil m² em menos de quatro horas e a população também está colaborando, utilizando drones próprios.
Grande parte dos complexos portuários da China são autônomos, ou seja, não precisam de pessoas para operar dentro do porto, permitindo o embarque e desembarque das cargas sem o risco de contaminação da tripulação e de estivadores. O porto de Qingdao por exemplo, eliminou 85% da mão de obra, e pode ser controlado apenas por nove operadores portuários em escritório.
Helmuth Hofstatter
especialista em gestão de produtos