Atividades simples, como ir ao banco e ao médico, acabam sendo limitações para os surdos.

Hoje, 24 de abril, comemora-se 19 anos do reconhecimento da Libras como a língua oficial da comunidade surda do Brasil, pela Lei nº 10.436. “O surdo evolui com o uso de Libras”, destaca Claudemar Link, pai de Lucas Rigon Link, que é surdo profundo, tendo nascido assim.
A Libras permitiu a comunicação em família, tanto que Lucas ressalta a importância da família na sua vida escolar, pois quando chegava em casa, após a aula, os pais ajudavam nas tarefas, uma vez que também dominam a Língua de Sinais. “Quando a família não sabe Libras, fica difícil a relação escola-família”, diz Lucas.
Claudemar trabalha no Centro de Atendimento ao Surdo e aos Profissionais da Educação de Surdos (CAS), assim como Lucas, que é professor de Libras. O CAS Sudoeste atende o Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, Laranjeiras do Sul, Pato Branco e Dois Vizinhos, totalizando 52 municípios, ofertando serviços de apoio técnico e pedagógico.
“Libras é uma língua viva, está em constante mudança, devemos evoluir junto com ela, para cada vez mais melhorar a qualidade do ensino na educação de surdos”, ressalta Maria Daniela Mendes, coordenadora do CAS.
Um dos objetivos do CAS é promover a educação bilíngue e valorizar a diversidade linguística dos estudantes surdos, difundindo o uso da Libras por meio de formação inicial e continuada para profissionais, bem como através da produção de materiais acessíveis aos estudantes surdos.
Limitações
Para Lucas, as principais limitações são ir ao banco e ao médico. “Porque é minha vida particular, meu dinheiro, meu corpo; não posso ficar dependendo dos outros. Eu também gostaria de ir num psicólogo, mas, só tem em outras cidades e é bem caro. Meu objetivo é evoluir na profissão e quero que floresça a Língua de Sinais”, destaca.