Com o aumento da temperatura, nessa época do ano cresce também a frequência de pessoas em parques aquáticos, praias, rios e cachoeiras. E é nesse período que o Corpo de Bombeiros atende mais ocorrências relacionadas a afogamentos e buscas aquáticas. De acordo com estatísticas, a maioria das vítimas que costuma ser fatais possui entre 1 e 9 anos de idade. A tenente do Corpo de Bombeiros de Francisco Beltrão Débora Fernanda Kolossoskei observa que geralmente, quando as pessoas se deslocam para um ambiente aquático, ocorre também a ingestão de bebidas alcoólicas e comida. “Após ingerir bebida alcoólica, o banhista sentese mais confiante para mergulhar em ambientes mais fundos ou fazer travessias, saltar de pedras e cachoeiras e essa mistura de álcool com ambiente aquático não combina, podendo ocorrer acidentes ou afogamento da pessoa que estará com os sentidos e os reflexos alterados.”
Já com relação à ingestão de alimentos, a recomendação é que a pessoa aguarde pelo menos 30 minutos antes de entrar na água, depois da refeição. “Em virtude da digestão do alimento, a volta à atividade aquática, que geralmente é intensa por parte das crianças, pode haver competição no consumo energético utilizado na digestão e nos músculos e causando vômitos e até o afogamento do banhista por fadiga extrema e perda da consciência na água”, comenta Débora.
As pessoas também devem evita a prática de saltos e mergulhos em locais onde a água seja escura e impossibilite a visualização do fundo daquele ambiente. “Geralmente existem galhos, pedras, lixo, dentre outros materiais que podem ferir e até mesmo prender o banhista no fundo do rio ou lago, causando seu afogamento.”
Os cuidados para pessoas que frequentam piscinas não são menos importantes. “Orientamos sempre cuidados redobrados com as crianças, providenciar coletes salvavidas e estar junto com as crianças na água para que elas estejam mais seguras. Nas residências e clubes onde há frequência de crianças, prever uma grade ou cercado para evitar acidentes com os pequenos. Durante o uso da piscina desligar o filtro e se possível utilizar ralos que evitem a sucção da água prenda cabelos ou partes do corpo.”
Quem utiliza barcos e jetski nos alagados, os Bombeiros pedem o uso dos coletes salvavidas em todos os tripulantes, inclusive nos que sabem nadar. Desta forma, em caso de acidentes com o veículo, todas as pessoas poderão permanecer na superfície da água até a chegada do socorro.
Nas praias, devese buscar informações com os guardavidas sobre o local apropriado para banho e sempre seguir suas orientações sobre alertas de perigo. De acordo com a oficial, o ideal é sempre estar acompanhado de outra pessoa durante banhos em praias, piscinas etc. “Caso uma pessoa se afogue, se recomenda que não tente buscála à nado e sim jogar um material – corda, boia, pneu, galho- para que ela se agarre e consiga ser puxada de volta para a margem. Mesmo aquelas pessoas que sabem nadar devem evitar fazer um resgate, pois a vítima geralmente está apavorada e pode ocasionar o afogamento de seu socorrista também.”