Eram esperadas pelo menos oito mil pessoas.
Estava tudo pronto para lotar a praça do Calçadão Central, em frente à Concatedral Nossa Senhora da Glória, para a celebração de Corpus Christi, nesta quinta-feira; os fiéis das cinco paróquias – Nossa Senhora da Glória do Centro; Cristo Rei, da Cango; Nossa Senhora Aparecida, do Alvorada; São José, da Vila Nova; e Nossa Senhora da Salete, da Cidade Norte – fariam um ato só, culminando com uma grande procissão. Com base na presença de católicos nas missas e procissões dos últimos anos, no Ginásio Arrudão, os padres esperavam a presença de aproximadamente 8 mil pessoas.
Mas a chuva, iniciada menos de uma hora antes, provocou o cancelamento e às 15 horas houve celebração, mas cada paróquia em sua própria igreja. E a matriz do centro, que está em obras, não pôde ser usada, sendo a missa realizada no centro social Pedro Granzotto, que ficou pequeno, muitas pessoas nem conseguiram entrar e quem tinha guarda-chuva assistiu do lado de fora.
Mesmo com todo o transtorno provocado pela chuva e os improvisos, as demais igrejas também lotaram. Foi uma celebração mais prolongada. Começando pelas intenções da missa que, como disse o padre Dilonei Müller, eram “especiais para um dia tão especial”.
O pé de todos os altares estava ornado com cestas de vários tipos de pão. No final, os pães foram distribuídos entre os participantes, com recomendação que fosse levado para doar a pessoas necessitadas, “como incentivo para que sejamos solidários com os pequenos e os pobres”, como disse o padre Wolney Toígo, da N.S. da Salete.
No final da missa, o padre, a equipe de liturgia e os ministros da eucaristia fizeram uma procissão nos corredores da própria igreja, as pessoas acompanhando a passagem do Santíssimo (Crucifixo que o padre carregava), sem sair de seus lugares. E ainda teve um momento de oração e adoração.
Para encerrar, os padres agradeceram a participação dos fiéis, destacando que, mesmo à última hora, houve tempo para que se organizassem, através do rádio (Padre Valdecir Bressani percorreu as emissoras da cidade), do telefone, do Whatsapp.
Mesmo com a chuva, foi boa a presença de católicos nas paróquias. O JdeB também percorreu as igrejas Cristo Rei, da Cango; e São José, Vila Nova.
Padre diz que celebração é para mostrar a adoração à Eucaristia
No centro paroquial Pedro Granzotto, o padre Dilonei Müller fez uma rápida homilia, já que os católicos lotaram o espaço para a missa de Corpus Christi.
Num dos momentos do sermão, ao falar do sacrifício de Jesus Cristo – corpo e sangue -, como alimento espiritual para as pessoas, padre Dilonei disse que “são pouquíssimas vezes, nos santos evangelhos, em todo o momento que Jesus fala que nós vemos ele fazer algo tão sereno, tão afirmativo, um pedido tão profundo, ele pede pouco, ordena muito menos, mas… ao seu corpo e ao seu sangue ele diz: ´Fazei isto em memória de mim´. Está no imperativo, não podemos, então, desobedecer a palavra de Jesus e não podemos também desmerecer o precioso dom”.
Ele disse, ainda, que “esse dia do corpo e sangue de Jesus, dia que nós saímos nas ruas, não para mostrar Jesus para os outros, não é o dia de mostrar o Santíssimo Sacramento, não é um dia de se mostrar Jesus, é o dia da demonstração do nosso amor pela a Eucaristia, é o dia da demonstração da nossa adoração à Eucaristia, do nosso cuidado para com a Eucaristia, da nossa fé para a Eucaristia. Esse é o Dia de Corpus Christi, o dia que nós mostramos, demonstramos aquilo que vai dentro do nosso coração: a fé, o amor, a adoração, o louvor e a ação de graças para a eucaristia, e aqui estamos fazendo”.