CPI do Banestado pede exumação de Osvaldo Magalhães dos Santos
Assessoria
A CPI do Banestado está chegando ao final de seu prazo, já dentro do período de prorrogação de 60 dias e a quantidade e a importância dos depoimentos vão se avolumando. Novos fatos, acareações e tempo necessário para que a assessoria técnica realize o fechamento de dados fizeram com que o presidente Neivo Beraldin (PDT) solicitasse aos membros da comissão ? no que foi atendido por unanimidade ? o pedido de extensão do prazo por mais 30 dias a partir de 13 de outubro.
Como os assuntos principais da reunião de terça-feira enfocaram as irregularidades da Banestado Leasing, algumas vezes foi levantado o nome de Osvaldo Magalhães dos Santos, que teria falecido quando no cargo de secretário de Esportes e Turismo do Estado, após ter sido diretor daquela empresa do grupo Banestado.
Por indicação do deputado Mário Braddock (PMDB), após citar que o comentário de que o ex-diretor não teria morrido em acidente automobilístico toma conta dos meios políticos, foi aprovado o encaminhamento de solicitação à Justiça para que seja realizada a exumação do corpo que está sepultado.
O primeiro depoente do dia foi Euzir Baggio, sócio proprietário da Euzir Baggio & Cia. Ltda., especializada em consultoria para empresas em dificuldades e na intermediação de operações financeiras junto à Banestado Leasing.
Foi apresentada por Neivo Beraldin uma grande relação de cheques que foram depositados em nome de Luiz Antonio Eugênio de Lima, gerente de Divisão e membro do comitê de crédito da Leasing, sempre após a concretização de operações de créditos para empresas clientes de Baggio.
A ocorrência seriada configura o pagamento de comissões “por serviços prestados”. A esposa de Luiz Antonio, Ana Maria de Lima, trabalhava como “prestadora de serviços” para a empresa de Euzir.
Beraldin disse que “Euzir deve ser o consultor de empresas mais bem pago do país”, considerados os valores recebidos das empresas clientes e situadas dentro do “esquema Banestado Leasing”.
A conta conjunta de Ana Maria Lima e seu esposo Luiz Antonio teve uma movimentação de cerca de R$ 1 milhão no decorrer de um ano.
O convocado seguinte foi o próprio Luiz Antonio Eugênio de Lima. Ele foi reconvocado para a sessão de ontem.
Também esteve presente Arlei Mário Pinto de Lara, cujo depoimento foi prejudicado por seu estado de saúde. As respostas às perguntas da comissão serão dadas por escrito.
Finalizando a sessão, compareceu Jackson Ciro Sandrini, ex-diretor de Relações com o Mercado da Banestado Leasing.
Sandrini falou sobre as operações com a Sof Hard, empresa da área de informática que assinou contratos de valores altíssimos com o governo sem a realização de licitações. Também foi reconvocado para a sessão de ontem.