Hoje, 9 de dezembro, é o Dia da Criança Especial.

Uma data para chamar a atenção para quem, muitas vezes, é excluído do convívio social. Hoje, 9 de dezembro, é o Dia da Criança Especial.
Os maiores desafios ainda estão no processo inclusivo social. “Evoluímos muito nesse quesito nas últimas décadas, mas a família atípica ainda sente na pele todos os dias a necessidade de mais diálogos inclusivos e informações para a sociedade sobre as pessoas supostamente fora dos padrões de normalidade. O desafio não está só na escola e na saúde, ainda está nas ruas e principalmente nas relações sociais”, desabafa Simone Lanfredi, mãe do José Felipe Lanfredi, de 2 anos e 4 meses.
Ela acrescenta que “abrir um diálogo para falar sobre maternidade atípica é pra nós mães um grande passo”.
José Felipe tem como diagnóstico parcial hipoplasia do corpo caloso, associado a uma doença genética ainda não identificada. A família recebeu o diagnóstico parcial quando ele tinha 1 ano e 3 meses, mas a investigação acontece desde o seu nascimento.
Simone comenta que as conquistas são percebidas diariamente e que se aprende a valorizar os pequenos detalhes, que acabam fazendo a maior diferença no desenvolvimento dos pequenos.
“Na minha percepção, a realidade da pessoa com deficiência é um mundo de possibilidades. Decidimos propor ao José Felipe um mundo de descobertas e que ele não viva apenas, mas também voe, e voe alto. A realidade da pessoa com deficiência não é das mais fáceis, mas é rodeada de aprendizagem, empatia e afeto.”
O que poderia melhorar?
“A melhora que precisamos está diretamente ligada ao capacitismo. Buscamos o respeito pelos direitos básicos já garantidos por lei e mesmo assim não é prioridade serem cumpridos. Precisamos evoluir muito quando nos referimos a viver ‘fora do padrão’, em uma sociedade ainda tão engessada culturalmente e que muitas vezes relaciona deficiência com incapacidade ou limitação”, responde Simone.
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