Oficina de quadrinhos permitiu a alunos de escolas públicas de Pato Branco produzirem histórias em quadrinhos para publicação da Inventum.

O quadrinista Chicolam e a diretora do Instituto Caranguejo, Viviane C. M. Xavier, junto com as crianças que participaram da oficina de quadrinhos em Pato Branco.
Foto: Rubens Anater
Desde o seu início, em 2013, a Inventum tem como foco o trabalho com ciência, tecnologia e inovações, mas neste ano ela vai trabalhar também uma ciência que tem bem menos tecnologia, mas tem muita arte — algo que vem fazendo a alegria de crianças e adultos há gerações: Os quadrinhos.
A iniciativa funciona como uma parceria entre o município e a Bienal dos Quadrinhos, de Curitiba, que promove a produção e disseminação da arte por todo o Estado, e até fora dele. Ela começou já em setembro, com uma oficina de quadrinhos, oferecida para alunos de escolas municipais e executada pelo Instituto Caranguejo, de Joinville (SC). O instituto é responsável por quadrinhos como os do Menino Caranguejo, um super-herói que protege o manguezal, e da Turma do Mangue, que são divertidas tirinhas com uma turma de caranguejos. Além disso, eles participam de projetos de proteção ambiental e também de propagação dos quadrinhos.
“A gente faz um trabalho bem direcionado às escolas, no ensino fundamental. Nosso trabalho é utilizar os quadrinhos não só como linguagem, mas também como forma de manifestação, através da arte, da poética”, conta José Francisco Pelegrino Xavier – conhecido como Chicolam, autor do Menino Caranguejo e da Turma do Mangue. Foi ele quem realizou a oficina com as crianças pato-branquenses e os orientou na produção de suas próprias histórias. “Nessa produção, as crianças muitas vezes conseguem colocar seu próprio olhar a respeito dos ambientes em que estão inseridos”, comenta.
O trabalho dá a oportunidade dessas crianças experimentarem o mundo dos quadrinhos e usarem da arte para cantar um pouco da sua história. Além disso, pode ser a porta de entrada para uma profissão no futuro, como é o sonho de Emanueli Paini Garcia, de 13 anos, que participou da oficina e pretende trabalhar com mangás (quadrinhos de estilo oriental) quando crescer. “Eu decidi me inscrever porque vou trabalhar com isso quando for maior, e já estou aprendendo que não é tão fácil fazer quadrinhos, mas que isso pode me ajudar a desenvolver minha criatividade”, conta a jovem.
Durante a oficina, cada criança escreveu uma história em quadrinhos de duas páginas. Essas histórias serão reunidas em um livro, para publicação na Inventum. “Os alunos vão ter a experiência de lançamento de livro, com um período para dar autógrafos”, diz Chicolam. Além disso, a Bienal ainda vai levar até a Inventum palestras com quadrinistas profissionais e a exposição de quadrinhos de vários paranaenses.