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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Curta-metragem sobre doença renal é premiado e tem participação de médico beltronense

Dr. Robeto Pecóits Filho faz parte desta história.

Dr. Roberto Pecóits Filho (no centro da primeira fila), com a equipe de Nefrologia e Transplante Renal da Santa Casa de Curitiba. Dr. Rafael Piné está na frente, à direita.

Há dois anos e meio morando em Michigan, nos Estados Unidos, dr. Roberto Pecóits Filho, beltronense, mantém “raízes” no Brasil, onde desenvolve trabalho na área de Nefrologia, na Santa Casa de Curitiba. Este trabalho foi reconhecido no Congresso Mundial de Nefrologia, promovido pela Sociedade Internacional de Nefrologia, que aconteceu virtualmente no Canadá, no último fim de semana, com a premiação de um curta-metragem nacional.

“O filme, que narra a história do nosso paciente Bruno e sua família, através da difícil jornada da doença renal crônica, acaba de ser anunciado como o ganhador do ISN Community Film Festival, durante o Congresso Mundial de Nefrologia. Muito feliz e orgulhoso do trabalho da equipe do Transplante Renal do Hospital Santa Casa de Curitiba, liderada por Rafael De Souza Piné, e pelo sensível e comovente trabalho do diretor José Antônio Piné. Se emocionem com a história do Bruno, e apoiem a causa do transplante”, comenta dr. Roberto.

O curta-metragem “Life Beyond the Transplant”, lançado no YouTube dia 10 de março de 2021, tem mais de duas mil visualizações. Foram mais de 30 filmes submetidos de vários países do mundo. O diretor José Antônio Piné é irmão do responsável pelo transplante renal da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, dr. Rafael Piné. Dr. Roberto contribuiu com o roteiro, a partir de sua visão médica global e sua experiência de 25 anos tratando de pacientes com doença renal crônica.

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Nos Estados Unidos, dr. Roberto desenvolve projetos clínicos e atividades de pesquisa, de inovação e educação médica. Além disso, participa do serviço de Nefrologia da Santa Casa, em Curitiba, e de atividades acadêmicas na PUC/PR, dedicando pelo menos 20% do seu tempo nas atividades do Brasil, com vindas frequentes e atividades realizadas presencialmente na capital.

“O filme ganhou, porque conta uma história baseada na visão do paciente e da sua família sobre a doença. Durante as filmagens, o diretor foi o contato direto no diálogo com o Bruno e com a família, para garantir que a história seja contada por eles. Tradicionalmente, a gente foca nossas atividades na visão médica dos problemas das doenças, mas na medicina moderna estamos mais interessados em ouvir o paciente, a opinião dele, a sua prioridade e suas angústias e moldar a nossa forma de tratar as pessoas pela visão do paciente, do seu sofrimento. A história contada no filme vai muito de encontro com isso. A gente ouviu uma história contada pelo paciente, que convive com a doença, e pela sua família, que faz parte do sofrimento e da resolução dos problemas, dos avanços.”

O protagonista é Bruno, um paciente que vem sendo tratado pelo serviço de Nefrologia e de Cardiologia da Santa Casa há muitos anos. “Transplantado renal e transplantado cardíaco, ou seja, um paciente que o transplante foi salvador de duas doenças que arriscavam a vida dele. Essa história teve envolvimento de múltiplos médicos, de múltiplas especialidades e profissionais de saúde, o que é muito comum na vida de pacientes com doença renal crônica.
O meu envolvimento e o envolvimento de outros médicos foram de, em momentos diferentes da vida dele, ir conduzindo aos melhores tratamentos, que culminou ao transplante duplo, que substituiu a função do coração e de um rim, que estava doente.”

Dr. Roberto diz estar muito contente com o reconhecimento do trabalho da equipe de transplante da Santa Casa de Curitiba, que terá ainda mais visibilidade. “Reconhecimento do serviço de alta qualidade que está sendo desenvolvido, serviço de transplante que foi renovado há cinco anos, e atualmente sob a liderança de Rafael Piné. Este sucesso coroa a reorganização do serviço, que está realizando cerca de 50 transplantes renais por ano. Em tempos de pandemia, as atividades foram impactadas de forma importante. Imagina a dificuldade de monitorar e tratar pacientes durante a pandemia de Covid, quando são pacientes de alto risco, imunossuprimidos. Muitos tiveram a doença e foram seguidos. Os serviços de transplante no Brasil precisam ser valorizados neste momento, porque foram serviços afetados de forma importante pela pandemia do ponto de vista de carga de trabalho e de complexidade. Espero que nosso filme e o prêmio traga um astral bom, uma luz para as pessoas que estão trabalhando nesta área tão difícil, em tempos tão complicados.”
Confira o filme em https://www.youtube.com/watch?v=cbkQxet9CGE

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