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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Debatedores são contra a venda da Petrobrás

Geral

Alep – A privatização das subsidiárias da Petrobrás no Paraná pode resultar em impactos sociais e econômicos profundo no estado, afirmaram especialistas que participaram de uma audiência pública remota organizada pela Assembleia Legislativa para discutir o assunto. Para se ter uma ideia, apenas as subsidiárias paranaenses representaram, sozinhas, entre os anos de 2017 e 2018, mais de 7% da arrecadação de impostos do Estado. A Petrobrás é a segunda maior contribuinte em ICMS do Executivo, atrás apenas da Copel. O corte de milhares de postos de trabalho também preocupa.

A força da empresa no Paraná reuniu governistas e oposição para promover a campanha “Petrobrás fica no Paraná”, que tem como objetivo debater mecanismos para impedir a venda das subsidiárias instaladas no estado.

O debate foi proposto pelo líder da Oposição na Assembleia, deputado Professor Lemos (PT), e pelo líder do Governo, deputado Hussein Bakri (PSD), e reuniu políticos, economistas, pesquisadores e representantes dos petroleiros. Ao final do evento, foi decidido o envio de expediente dos deputados paranaenses ao presidente da República solicitando que a empresa permaneça em solo paranaense.

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Atualmente, o Paraná corre o risco de perder as subsidiárias da Petrobras instaladas no estado, a Unidade de Industrialização de Xisto (SIX), em São Mateus do Sul e a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. A ideia é de que a empresa concentre todo sua atuação em São Paulo e no Rio de Janeiro. De acordo com os participantes, a medida vai causar o desemprego de milhares de trabalhadores e afetar cadeias econômicas regionais importantes.

 

Opiniões

Para a socióloga e mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Carla Ferreira, é difícil projetar com precisão os impactos das vendas das subsidiárias, mas existem elementos importantes gerados pela presença da Petrobrás no Paraná. Segundo ela, a empresa tem impacto significativo na arrecadação do Estado e dos municípios; no atendimento regional e nos preços de derivados.

 O economista e doutorando em Economia Política Internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador-visitante da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Rodrigo Leão, concordou. “Como a Petrobras não vai mais coordenar o abastecimento, esta ausência pode ter estas consequências, como falta de derivados e preços mais altos”, avaliou.

O líder do Governo, deputado Hussein Bakri, reafirmou o interesse do governo estadual de que a empresa permaneça no Paraná. “Este movimento tem nosso apoio. O governo vai entrar nessa para pedir a manutenção desses empregos no Paraná. Vamos lutar até o fim”, disse.

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