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sábado, 07 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Deputados ouvem agricultores atingidos por usina

Visita das autoridades ao canteiro de obras foi cancelada por causa do mau tempo.

 

 

Luciana Rafagnin se pronuncia perante Tadeu Veneri, Caíto e Luersen e lideranças.

 

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A comunidade Marechal Lott, em Capanema recebeu na manhã de ontem, 23, lideranças políticas e entidades da agricultura familiar, além de muitos agricultores de Capanema, Capitão Leônidas Marques, Realeza que estão vivendo um impasse com a construção da Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu.

Desde julho de 2013, quando a construtora Odebrecht iniciou as obras para o Grupo Céu Azul, pertencente à holding Neoenergia, há um clima de revolta entre os produtores que terão suas propriedades indenizadas por pertencerem à área de segurança ou que serão algadas pelo lago da Usina Baixo Iguaçu. As famílias não aceitam os valores propostos pelo grupo Céu Azul. De outro lado, empreendimentos de energia elétrica podem ser desapropriados via judicial, já que são de interesse público. 

O encontro de ontem aconteceu para fortalecer a organização dos atingidos pela barragem e para que o MAB (Movimentos dos Atingidos por Barragens) expusesse a importância de pressionar para que não não seja emitida a licença de instalação antes que os problemas de valores das indenizações das terras ou reassentamento seja resolvido.

Estiveram na reunião os deputados estaduais Luciana Rafagnin (PT), Tadeu Veneri (PT), que preside a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa,  Caíto Quintana (PMDB) Nelson Luersen (PDT) além dos prefeitos Milton Andreoli (Realeza) e de Capitão Leônidas Marques, padre Deoclézio Wigineski, da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, bem como vereadores da região que será afetada com a obra. 
A hidrelétrica deve ficar pronta em 2016 e vai gerar energia elétrica para o Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão vinculado ao governo federal. 

A princípio, estava programada uma visita ao canteiro de obras, mas as empresas dificultaram o acesso e, por isso, apenas a reunião com a comunidade foi realizada.

Números da Unsina
O reservatório da Usina Baixo Iguaçu terá apenas 31,63 km² de superfície. Se descontar a calha do rio, a área efetivamente alagada (e a ser indenizada) chegará a apenas 13,5 km².  O lago será operado “a fio d’água”, o que significa dizer que não terá a função de acumular grande volume hídrico para regularizar a vazão do rio. Com isso, consequentemente, minimizará eventuais impactos ambientais. A barragem será de terra e enrocamento com núcleo de argila e terá 516 metros de extensão e 15 metros de altura visível.

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