Nesta cerimônia religiosa, a Igreja Católica celebra a instituição da Eucaristia.

A Igreja Católica deu início à Semana Santa, com a celebração do Domingo de Ramos. A programação será intensificada de hoje a domingo, com uma série de celebrações religiosas para relembrar o sofrimento de Jesus Cristo. Para os cristãos, Jesus deu a sua vida para salvar as pessoas do pecado.
Na Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, as missas da Quinta-feira Santa, em que se celebra a instituição da Eucaristia, não haverá o ato tradicional de lava-pés, que os padres fazem lembrando a passagem bíblica em que Jesus Cristo lavou os pés dos 12 discípulos para simbolizar a humildade, o amor e o servir às pessoas.
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Padre Emerson Detoni, vigário da Concatedral Nossa Senhora da Glória, explica que devido à pandemia do coronavírus foram tomadas algumas decisões na Igreja Católica. “Nós nos submetemos àquelas restrições definidas pelo Governo do Estado e da Secretaria de Saúde, ou seja, hoje e nas celebrações dessa Semana Santa, nós só poderemos acolher 15% da capacidade dos nossos templos. Por isso, todas as paróquias da nossa cidade, e da nossa Diocese, provavelmente, têm se organizado com a distribuição de convites para que as pessoas participem das celebrações, para que não cheguem às igrejas e sejam impedidas de participar; caso bem concreto, como no último domingo, que excedeu o número e nós tivemos que fechar os portões”.
O sacerdote alerta que as pessoas que querem ir às igrejas para “participar presencialmente das nossas celebrações, que devem procurar nessa quinta-feira os convites para participar da celebração ou acompanhar pelos meios de comunicação, seja rádio, TV ou plataformas digitais, Facebook e YouTube de todas as paróquias. É importante esse vínculo com a comunidade, mesmo que tenhamos uma oferta muito grande de celebrações na TV, é importante participarmos da comunidade a qual pertencemos, ou seja, faço parte dessa comunidade, sou membro, sou alguém que colaboro com ela e participo da celebração, se não presencialmente, mas consigo participar pelos meios de comunicação, para celebrar a fé nesses dias tão importantes para nós, cristãos”.
Durante as missas, desta Quinta-feira Santa, os padres da Diocese não irão fazer o gesto de lavar os pés de 12 fiéis.
Como serão as cerimônias diante da pandemia
Quinta-feira Santa
Na cerimônia religiosa de hoje, às 19h, a Igreja Católica celebra a instituição da Eucaristia. Padre Emerson destaca que “Jesus senta-se à mesa e com os apóstolos, num gesto de serviço e amor”. Sobre o momento do lava-pés, ele diz que “esta parte nós não teremos justamente para evitar o contato. Teremos a proclamação do Evangelho, mas não o gesto como um todo”.
Sexta-feira Santa
Na Sexta-feira Santa, às 15h, haverá a celebração da Paixão e Morte e a adoração da cruz. Desta vez será a distância. “O padre fará o desvelamento da cruz, apresentará a cruz para a comunidade, e aqueles que estarão presentes ou que estiverem nas casas, farão o gesto de adoração à distância, sem o beijo, sem toque e sem essa proximidade”, explica o sacerdote.
Sábado Santo
Sábado, 3, às 19h, o padre comenta que é a cerimônia que “é a mãe de todas as celebrações e mãe de todas as vigílias. É uma cerimônia muito rica em simbologia. Nós iniciamos sempre na porta da igreja, com o acendimento do fogo, a preparação do círio [pascal], [que significa] a luz que vence as trevas. Então, nós convidamos as pessoas que vão participar das nossas celebrações, que tragam as suas velas, de maneira particular, para não compartilhar com as outras pessoas, para celebrarmos este momento da luz. Em seguida, haverá bênção da água e a renovação das promessas do Batismo. E também as pessoas deverão, aqueles que quiserem, trazer a água de casa para ser abençoada, a sua garrafinha, cada um tomando conta daquilo que lhe é próprio, para que não haja partilha de objeto, a proximidade e o toque. Então, continuaremos e celebraremos o mistério central da nossa fé: a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo”.
Domingo acontece a celebração do Domingo de Páscoa, que significa, para os cristãos, a ressurreição de Cristo após três dias de sua morte em Jerusalém, na cruz.