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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Dezesseis queijarias do Sudoeste fazem parte da Rota do Queijo Paranaense

Mapa para a visitação de todas as agroindústrias está em desenvolvimento.

Solenidade de lançamento da Rota Queijo Paranaense, na sede do IDR-PR, em Curitiba.

Quinta-feira, 9, aconteceu em Curitiba o lançamento da Rota do Queijo Paranaense, que conta com 33 propriedades, em 23 municípios de várias regiões do Estado. O Sudoeste conta com 16 agroindústrias em 11 municípios, que têm o principal objetivo de cada vez mais fomentar o turismo rural tendo o queijo como o principal atrativo. A iniciativa é do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR). A engenheira de alimentos do IDR, regional de Francisco Beltrão, Estela Paula Galina, informa que as 16 agroindústrias estão em todo o Sudoeste. “São dez na região de Francisco Beltrão, cinco na região de Pato Branco e uma na região de Dois Vizinhos.”

Valorizar o conhecimento
De acordo com o secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, a criação do roteiro é uma forma de valorizar o meio rural e da manutenção de uma tradição que vem de longa data. “É a valorização do conhecimento acumulado, de bons produtos, do jeito de fabricar que vem da imigração e que as famílias continuam cultivando geração a geração.” Depois de cadastradas as 33 propriedades nos 23 municípios, onde se produz desde queijos coloniais até queijos finos, a meta é ampliar o número de agroindústrias e estabelecer a produção de queijos como atrativo para turistas do Estado e do País. Ortigara afirma ainda que a produção artesanal ganha espaço num momento em que a sociedade busca produtos mais naturais.

Produtores de queijo artesanal do Sudoeste fazem parte da Rota do Queijo do Paraná. Mapa está em desenvolvimento.

Os produtos que serão comercializados na rota têm garantia e certificação, porque são minimamente registrados em algum serviço de inspeção. “De nossa parte, é uma tentativa de manter mais gente na cadeia do leite que, lamentavelmente, vem excluindo pessoas. A cadeia está ficando mais com médios e grandes produtores. Fazer produtos coloniais, a partir de uma fabricação própria de leite, ajuda a promover o ingresso de renda na propriedade, mantém essas famílias com alguma fonte adicional de renda.”

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Inventivo à sucessão familiar
Para o agrônomo extensionista do escritório do IDR em Dois Vizinhos, Vinícius Deotan Coletti, que trabalha na área de agroindústrias, a rota vai fazer com que os produtores rurais possam agregar mais valor aos seus produtos, além de ser mais uma possibilidade de incremento na renda e um incentivo à sucessão familiar nas propriedades rurais.

“Hoje, o nosso trabalho não é só de assistência técnica em uma atividade específica. Visualizamos a propriedade como um todo, num projeto de vida com os agricultores e a sucessão familiar. Isso possibilita agregar valor por meio desses projetos.”

Vinicius reforça que a rota está aberta aos produtores que tiverem interesse em participar. “Basta entrar em contato conosco, que vamos trabalhar e apoiar sempre.”
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Mapa da rota
Estela Galina afirma que além de movimentar a economia das agroindústrias familiares por meio da Rota do Queijo, o turista vai poder conhecer outros produtos feitos em cada propriedade, além de saber mais sobre a história de cada uma das famílias. “O principal mesmo é a questão de o turista ir pra propriedade para degustar os queijos e também para conhecer sobre a história e sobre a propriedade. A coordenação estadual do turismo está elaborando um mapa para que possamos desenvolver essa rota de visitação.”

Diversificação
Cleonice Freitas Gurgel e Gilson Pedro Gurgel moram na comunidade de Jacutinga, em Francisco Beltrão e comercializam o queijo Sabor do Sul. Ela avalia que fomentar o desenvolvimento do turismo na região é fazer com que todas as propriedades possam se desenvolver por meio das suas agroindústrias. “Estamos trabalhando em conjunto e a Rota do Queijo veio para somar. São todos produtores pequenos, mas que juntos, se tornam grandes”, diz Cleonice. Ela conta que na propriedade, por enquanto, está sendo produzido apenas um tipo de queijo, mas que a ideia é diversificar. “Estamos trabalhando para que possamos dar mais esse passo e produzir mais variedades de queijo, alguns mais curados.”


Queijarias do Sudoeste na Rota do Queijo Paranaense

– Chopinzinho (1) – Queijaria São Bento;
– Dois Vizinhos (1) – Produtos Eliane;
– Francisco Beltrão (2) – Vidalat e Sabor do Sul;
– Itapejara D’Oeste (1) – Queijos Martinazzo;
– Palmas (1) – Agroindústria Polo;
– Pinhal de São Bento (1) – Queijos Artesanais São Bento;
– Salgado Filho (4) – Queijaria Rancho Fundo, Queijos Leite Bom, Queijos Salgado Filho e Queijos da Ana;
– Santa Izabel do Oeste (1) – Queijos Bach;
– Santo Antônio do Sudoeste (2) – Queijaria Due Sorelle e Queijo Artesanal Santo Antônio;
– Saudade do Iguaçu (1) – Queijos Marangon;
– Sulina (1) – Queijaria Magedanz;

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