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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Dia das Mães reanima comércio, que precisa se ”reinventar” para atrair clientes

 

 

Botas foram presentes certos para as mamães.

 Quando o assunto são elas, não tem crise. Nem econômica. As mamães movimentam as ruas e reanimam o comércio em tempos de vacas magras. No centro de Francisco Beltrão, ontem pela manhã, a peregrinação pelas lojas acontecia em massa. Muita gente deixou para o último dia a compra daquele presente, nem que fosse uma lembrancinha. Quem comemora são os gerentes comerciais e de vendas com resultados que, na pior das hipóteses, se mantiveram no patamar dos anos anteriores.
Na Zariff Calçados, a supervisora comercial Mari Mass falava em melhora de até 40% nas vendas ao longo da semana. O faturamento deve fechar abaixo disso, mas bem acima se comparado ao mesmo período de 2015. “Os dias de frio ajudaram e o que mais tem saído são botas estilo ‘over’ (acima do joelho). Bolsas também surpreenderam”, comenta sobre os itens mais procurados.
Teve gente que já havia comprado presente para a mãe e aproveitou para provar o calçado da moda. “Pra mãe vou dar um casaco, foi o pedido dela. A bota ainda estou decidindo se vou levar”, disse Carine Cesari, assessora do Ministério Público.
Mas atingir bons números nas vendas não foi tão fácil quanto o faturamento sugere. Segundo Mari, fabricantes e lojistas estão precisando se reinventar para chegar até os clientes. “As fábricas se adaptaram ao mercado, com alguns preços de 20% a 30% mais baixos. Botas que eram vendidas por 299 reais, hoje saem por 199. As lojas também têm precisado se reinventar para chegar até o cliente, através de condicionais, das vendas no site. Muita gente não quer vir até a loja, olha no site e já vem direcionado ou recebe o produto específico em casa”, pontua.
Nas Lojas Manica, o mês de abril foi “complicado”, conforme análise do gerente comercial José Marcos Gomes, mas foi só entrar maio que o setor deu uma verdadeira reaquecida nas vendas, sobretudo nas linhas de ar-condicionado quente e frio, aquecedores e fogões a lenha. “Já fez a diferença [a primeira semana do mês] e deu uma reanimada nas vendas com relação a 2015”, sublinha.
Outro fator destacado pelo gerente é o grande número de vendas à vista ou em até 10 vezes no cartão de crédito. “As pessoas fogem do crediário, não querem mais. Elas devem estar guardando dinheiro em casa”, brinca José Marcos.

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Atrair e fidelizar clientes
Se a projeção nas vendas estava dentro das expectativas, a loja de presentes e utensílios Oba Oba tem focado na atração e fidelização de novos clientes. “As vendas estão dentro da expectativa, nem pior nem melhor que no ano passado. Percebemos que a procura por presentes de decoração diminuiu, sendo substituídos por produtos de uso pessoal, como copos térmicos, pantufas, canecas, travesseiros de pescoço”, frisa o gerente de vendas Júlio César Paludo.
Segundo o gerente, a variedade de produtos tem se diversificado ano após ano, com as empresas se especializando em datas como o Dia das Mães. O Oba Oba, no entanto, tem adotado estratégias menos agressivas para não só para vender em datas específicas, mas trazer novos clientes ao longo de todo ano, com resultados mais duradouros, de acordo com Júlio César.

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