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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Diagnóstico não é sentença, é ponto de partida

Geral

Psicóloga Bruna Marcello.

As pessoas, em geral, não estão preparadas para receber a informação de que precisam enfrentar uma doença grave ou então encarar o resultado de uma síndrome ou um transtorno. A psicóloga Bruna Marcello fala sobre superação. 

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JdeB – Receber um diagnóstico pode chocar. Como evitar o trauma? 

Bruna Marcello:
Nenhum diagnóstico é algo desejado, seja ele o próprio, de um ente querido ou de um filho, porque em qualquer diagnóstico existe uma certa limitação. O que vem na cabeça com a palavra “diagnóstico”? O que ela remete? A uma pessoa doente, que precisará de cuidados e tratamento. Isso choca, por mais que a gente se prepare para recebê-lo. E falando em diagnóstico de alguma síndrome ou transtorno é ainda mais difícil, porque vem acompanhada de “isso é pra sempre”. Aquela vida perfeita imaginada para o filho se rompe. Talvez ele vai precisar de medicamento para a vida toda, talvez precisará de acompanhamento terapêutico para a vida toda, talvez ele consiga ter uma vida normal, talvez dependa de alguém pra sempre. São muitas incertezas e dúvidas frente a um emaranhado de sentimentos, é um processo de luto, terei que deixar de conviver com a ideia de que meu filho é “normal” e passar a conviver com a ideia de que ele é especial.

Algumas pessoas adoecem ainda mais a partir da descoberta do diagnóstico. Por que isso acontece? 
Nossa mente tem um poder muito forte sobre nosso corpo, tanto que existem doenças psicossomáticas (a grosso modo, são doenças físicas ocasionadas pela nossa mente) para comprovar isso. Por isso o acompanhamento psicológico na maioria das vezes se faz tão necessário no tratamento de doenças, para que nossa mente não “boicote” ainda mais o nosso corpo. Por exemplo: Quantas pessoas não adoeceram e tiveram todos os sintomas de Covid-19 por medo da doença e do cenário mundial? 

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“Diagnóstico não é sentença, é ponto de partida.” Como vc entende isso?
Tudo bem ficar mal ao receber um diagnóstico, tudo bem ter que processar toda informação recebida e levar um tempo pra isso, mas essa informação veio para que algo seja feito. Por isso deve ser um ponto de partida, a partida para a busca de um tratamento, de um primeiro passo.

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