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Em tempos de pandemia empreender é preciso e, em Pato Branco, vamos encontrar um exemplo de luta na história de Rita Stahnke, diarista de 61 anos. Depois de viver por 17 anos em Verona, na Itália, a pandemia do coronavírus a forçou a fazer o caminho de volta ao Brasil para fugir da doença. Ela conta que na região de Bérgamo, próxima a Verona, onde residia, os corpos tiveram que ser levados para outras regiões para serem sepultados. “Eram cenas de guerra, caixões espalhados pelo chão, milhares de vítimas, não havia mais lugar nos cemitérios, então resolvi voltar para o Brasil.”
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Já no Brasil, onde imaginava ter fugido da terrível doença, encontrou-se novamente de forma dura com a Covid-19. Em uma semana perdeu a mãe e a tia por causa do vírus. “Foram momentos terríveis vividos por nossa família, onde perdemos em uma semana pessoas que amávamos.” Mas nada a fez desistir e conta sua história com os olhos marejados. Para mostrar seu nome e seus serviços, criou um banner com a ajuda da filha e netos, com o qual oferece o trabalho de diarista para o mercado. Sua vida é o trabalho, e a forma criativa de apresentar-se vale o registro para um dos setores que trabalha de forma silenciosa na casa das pessoas.
Segundo o aplicativo Getninjas, em tempos de pandemia, as diaristas ocupam o sétimo lugar no ranking dos profissionais autônomos mais procurados pelo mercado. Estima-se que sejam hoje no Brasil mais de seis milhões de trabalhadores domésticos em ação, e para se destacar neste oceano de oportunidades temos que ser como dona Rita, mostrar os dons ao mercado. Uma diarista pode ganhar até diárias que vão de R$ 100 a R$ 200 em Pato Branco, dependendo do profissionalismo oferecido.