A consulta pública terminou na noite de quinta-feira, 29, e teve 224 votos e 62,5% de aprovação. Estrutura será implantada no Colégio Estadual Vinicius de Moraes.

A comunidade escolar do Colégio Estadual Vinícius de Moraes aprovou, quinta-feira, 29, a implantação do modelo cívico-militar no estabelecimento de ensino a partir de 2021. A votação começou na terça-feira, 27, e seguiu até as 20h, de quinta-feira, 29, contando com 224 votos – foram 140 favoráveis (62,5%) e 84 contrários (37,5%). Para validar a consulta, era preciso que mais de 50% das pessoas aptas a votar na escola participassem da consulta. A comunidade escolar do Colégio Vinícius de Moraes envolve, ao todo, 436 pessoas. Puderam votar, pais ou responsáveis de alunos matriculados no colégio, alunos maiores de 18 anos, professores e funcionários. Para a aprovação era necessária a maioria simples dos votos.
Como vai funcionar?
A chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE), Evani Zarth, falou sobre as mudanças que o novo sistema vai trazer. “Na prática da escola, teremos seis aulas no período da manhã e seis, à tarde, com enriquecimento curricular em Português, Matemática e civismo. Quanto ao diretor, como esse ano existe a cogitação da eleição de diretores, nas escolas cívico-militares não há consulta em virtude da necessidade que o gestor tenha um perfil que atenda às necessidades da proposta da escola cívico-militar. Quem pode ser candidato a gestor? Quem fizer o curso ofertado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) e professores que tenham experiência em gestão. Vamos manter a equipe, quem está lotado nessa escola, permanece aqui, assim como os PSS, exceto se eles não quiserem permanecer trabalhando em escola cívico-militar”, explicou.
A grade curricular vai ganhar mais aulas de Português, Matemática e civismo (aprendizados sobre lei, constituição federal, papel dos três poderes, ética e cidadania). Também está previsto, para o ensino médio, aulas de educação financeira. O material escolar é o mesmo utilizado em outras escolas, com diferenciação do uniforme, que também será doado aos alunos pelo governo estadual.
Presença de militares
Evani falou sobre o diretor-militar que vai fazer parte da estrutura da escola. “Eles vão passar por credenciamento e treinamento na Secretaria de Educação, uma vez que eles pertencem à Secretaria de Segurança Pública. A atuação será como diretor-auxiliar e vem para somar junto com o diretor-geral, que é um professor da rede. Caberá ao militar, auxiliar em segurança e infraestrutura da instituição de ensino”, ressalta.
Sem ensino médio noturno
Uma grande dúvida da comunidade era em relação ao ensino médio. Evani Zarth destacou que apenas as turmas da noite terão os alunos remanejados para outras instituições. “Teremos o ensino médio diurno. No projeto das escolas cívico-militares elas não têm atendimento noturno, mas no período manhã e tarde permanece como está”.
Todos os alunos que estão matriculados na escola, tem vaga garantida no próximo ano. “Os alunos permanecem, a não ser que não queiram participar desse modelo de ensino. Nós trabalhamos com 382 alunos dos bairros próximos. Temos aqui oito salas, laboratório de informática, biblioteca, estrutura administrativa, sala de professores, usamos uma quadra coberta em parceria com a comunidade”, explicou Jean.
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Evani ressaltou que as matrículas sempre utilizam o georreferenciamento. “Em relação a sextos anos, os alunos que estão no 5º ano letivo, no Santa Luzia, serão direcionados por fluxo ao Vinicius de Moraes. A família faz a escolha se querem deixar aqui. Em relação aos demais, a prioridade está vinculada aos alunos dos bairros próximos. Havendo um excedente de vagas, aí sim, as pessoas poderão procurar a escola para verificar a existência de vagas”, acrescenta. Diversos pais já entraram em contato com a escola querendo vagas para os filhos. “Recebemos muitas ligações, mas ponderávamos que primeiro é para os alunos matriculados aqui. Temos uma quantidade de alunos já matriculados e a prioridade é essa. Em caso de sobra, podemos ter uma lista de espera seguindo todo o cronograma e orientação dos encaminhamentos nesse sentido”, conclui o diretor.