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O produtor rural Domingos Stolfo, 57 anos, dedica-se à suinocultura desde criança. Os pais, Fernando e Santina (em memória), são pioneiros de Eneas Marques. A família se estabeleceu na Linha Menegatt e Domingos continua residindo na comunidade. Ele se casou com Antônia e tiveram os filhos Fábio e Fabiane.
Domingos avalia que o município vive um bom momento com a expansão da suinocultura e a adesão de novas granjas. Até três anos atrás, havia produtores independentes e os integrados de dois frigoríficos. Domingos preside a Associação Municipal de Suinocultores (AMS) e analisa o impacto das empresas que movimentam o setor no município: “Com a vinda da Copérdia, mais a BRF, que sempre teve aí, e a Palmaly, que também chegou, eu vejo hoje a suinocultura se expandindo; eu vejo um emprego que faz os filhos ficarem na propriedade, tem um futuro muito grande. E hoje a parte financeira também é viável. Então, eu acho que a suinocultura tá no caminho bom, certo. Aqui é o segundo município do Sudoeste do Paraná com maior produtividade. Veja, até para o município é uma arrecadação muito boa da suinocultura”.
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Precisa responsabilidade
A atividade ajuda na movimentação financeira, na arrecadação de impostos e na geração de empregos em Eneas Marques. “Ah, pra economia é fundamental. Eu acho que a suinocultura é um setor que vem a beneficiar muito nosso produtor e que até na parte financeira é um dinheiro que entra, com muito menos trabalho, mas, assim, com muito cuidado, um trabalho significante, um trabalho de muita responsabilidade.”
Ao longo das últimas décadas, diminuiu o número de granjas em toda a região, mas o plantel se manteve ou até aumentou. Este é o caso também de Eneas Marques. “Exatamente, diminuiu o tanto de produtores, mas aumentou a produtividade, aumentou o número de matrizes, com menos produtor aumentou a capacidade de produção”, sublinha Domingos.
A atividade passou por uma grande transformação nas últimas duas décadas. Aumentaram também os cuidados com as questões sanitárias e ambientais, o uso de novas tecnologias e a automação. E, com mais animais alojados, o suinocultor tem que administrar bem sua granja.
Granjas automatizadas
O presidente da AMS salienta que o custo para manter uma granja é alto em função das novas tecnologias e das exigências dos frigoríficos. “Hoje, pra automatizar, o custo é muito alto, mas a gente vai em busca de recursos e vai fazendo, porque não pode mais parar, o capital tá alto. A nossa granja tá automatizada, tá bem alinhada com o que tão exigindo.”
Família na granja
Na propriedade, cinco pessoas se dedicam às atividades. Seu Domingos conta também com o filho Fábio para o trabalho. A filha Fabiane mora em Francisco Beltrão.
