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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.212

27/05/2025

Dovílio e Salete dizem por que é bom morar na Avenida Porto Alegre

O que eles precisam, encontram no bairro. Barulho dos carros? Acostuma. Até sentem falta. São favoráveis ao sistema binário.

Dovílio e Salete Delpubel, na Vico Trator Peças, empresa que é mais antiga do que a Porto Alegre como avenida. Eles são favoráveis ao sistema binário entre a Porto Alegre e a Florianópolis.

Dovílio Delpubel reside em Francisco Beltrão desde 1951. Salete Toniasso Delpubel desde 1965, no Km 8 e, na cidade, desde 1970. Quando a Porto Alegre mudou de rua para avenida, eles já tinham a Vico Trator Peças Ltda, que atende no número 595. Eles reconhecem que o trânsito é intenso, mas gostam do lugar, até se acostumaram com o barulho dos carros – seo Dovílio se acostumou a dormir só depois de ouvir o barulho dos ônibus passando na rua. E o que eles precisam encontram no bairro, nem precisam ir pro centro da cidade.Nesta entrevista eles dão uma ideia do que é passar o dia todo na Avenida Porto Alegre.

O que tem de bom de morar aqui?
Dovílio –
Esse aqui é um entroncamento da cidade. Porque não tem rua que se compare com qualquer outra paralela a essa. O movimento que tem a Avenida Porto Alegre é comparado ao que tem na União da Vitória, Atílio Fontana, Luiz Faedo. 

Tem um trânsito intenso.
Dovílio –
Aqui é um trânsito assim, é. Nessa parte sem dúvida, lógico. Agora, só diminuiu os ônibus por causa da rodoviária nova, se não era a noite inteira. Era Foz do Iguaçu, Cascavel, a saída era tudo por aqui. Agora diminuiu com a rodoviária pra lá; não que acabou o movimento da cidade nesse sentido, só que saiu a rota. Eu, por sinal, era acostumado: se não passasse o ônibus, eu perdia o sono. Era aquele barulho, aquele troço. É bem comparado com a União da Vitória, porque a Luiz Faedo vai pra Água Branca, o movimento já é mais bairro.

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Ali, você virar na Água Branca de um lado pro outro devarde; aqui não, é movimento de um lado pro outro. Movimento de Cascavel, não sei o que, não sei o que. A União da Vitória, quem vem de Curitiba, tudo, tudo, de Coronel Vivida, vem ali. É um movimento bem comparado dessas ruas. 

E a dona Salete?
Salete –
De dia, a gente passa a observar tudo, conhece gente que passa, que volta, que vai, mas é essa rotina assim de movimento. Eu venho cedo, por causa do movimento, mas essa rua já teve melhor, porque antigamente era mais… sei lá se tinha menos carro também, era menos carros.

O trânsito de hoje incomoda?
Salete –
Não é que incomoda. Assim, pra quem fica no estabelecimento, que não precisa sair muito é tranquilo, mas pra quem precisa sair, retornar e vai, ele tá um pouco, mas dentro do padrão. 

E a vizinhança, como é?
Salete –
É de boa, tudo gente boa. Temos clínica aqui do lado, do Dr. Goya. Maravilhosos. E aqui tem um consultório dentário. Teve casa de construção, mas sempre tudo certo, nunca houve incômodo. Muito bom aqui, em sentido da vizinhança. 

Dovílio – Aqui, pra ir no mercado, você vai a pé. Tem um mercadinho ali a meia quadra.

Salete – Panificadora aqui do lado.

Seo – Na Rua Porto Alegre ninguém pode se queixar. Você vai no mercado a pé, naquele Mercado Vitória a pé, um outro mercadinho pra lá… não precisa de carro pra ir num mercado, só se for buscar coisa grande.

Salete – Eu acho que a gente acostuma com o local, porque é centro, você pode ir a pé pra tudo quanto é lugar, tem possibilidade. Todo mundo se dá bem, todo mundo que mora por aqui é “bom dia, boa tarde”, parece como antigamente que existia aquele companheirismo.

Dovílio – Se tu pode ir numa farmácia aqui tanto de um lado quanto do outro, você vai a pé. Nos laboratórios de análises clínicas, de fonoaudiologia, de sangue, pode ir a pé, é tudo perto, três/quatro quadras que é onde nós tamos. A Porto Alegre é abastecida totalmente por mercado. O que você acha no centro, acha aqui. Tem lojas aqui, tem uma loja de móveis e coisa tal bem pra frente, que dá inveja no centro. 

Salete – Tem o Mercado Ponto que é perto, tem o Vitória que é perto. Quem tem perna pode caminhar. Faz uma caminhadinha, conversa com os amigos.

Dovílio – Aqui é fantástico pela segurança. A polícia passa aqui… Não tô falando no sentido pejorativo, a polícia passa por aqui, do Cadeião, vai e volta, coisa e tal. Então, nós tamos tranquilos.

Salete – Bem sinalizado.

Seo – Eles vêm aqui e ambulância passa aqui a noite inteira. “É uma beleza?” É uma tristeza seria; que nem diz o cara “tempo bom”, tempo bom é quando tinha que chover. As ambulância passa, coisa e tal, é movimentado isso aqui e ele… enterte, porque sempre tem movimento. Se você vai duas quadra pra lá, não tem nada.

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Vocês viram muitos acidentes aqui nesses anos?
Dovílio –
Sim. Apareceu um vivente sem carteira e subiu, foi virar à esquerda e o motoqueiro, coitado, vinha daqui e ele fechou em cima do motoqueiro. O cara ficou em cima da moto com o motoqueiro embaixo. Tiveram que erguer o carro pra tirar o motoqueiro morto de baixo e o cara, sem carteira. No outro dia, tava explicando que ele era o cara mais cuidadoso atrás do volante. Eu sempre fico olhando, e ele não tinha carteira.

E o binário aqui. O pessoal fala de fazer mão única? Vocês acham que é bom?
Salete –
Nossa, isso seria muito bom!

Dovílio – Seria louvável. Em qualquer sentido: de lá pra cá, de cá pra lá.

Salete – É uma coisa que todo mundo espera. As duas ruas aqui, a Florianópolis e a Porto Alegre, tá todo mundo vendo as notícias pra ver se eles vão publicar.

Dovílio – Quando o Neto colocou Rua São Paulo, criticaram violentamente. Quem que critica hoje? Botaram a Tenente Camargo, Rua Curitiba, Rua São Paulo. Quem critica hoje?

Salete – Como as ruas da nossa cidade são estreitas, hoje seria um caminho pelo movimento de carro, pelo tanto de carro que temos. Seria o caminho. Olha essas ruas em que fizeram, o trânsito é maravilhoso, o trânsito flui.

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