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quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Duovizinhenses que tiveram dengue falam sobre o sofrimento causado pela doença

Amarildo Skorek Felippi e Simone Kemper não sentiram quando foram picados pelo mosquito aedes aegypti, mas ficaram três semanas sentindo o efeito.

Uma doença silenciosa. De repente, você começa a sentir dores no corpo e na cabeça e, quando percebe, já está com dengue. Foi assim que a doença afetou Amarildo Skorek Felippi e Simone Kemper. Para o rapaz, a recuperação foi mais tranquila, aconteceu toda em casa e foi a base de muito líquido. Simone, por sua vez, viu a imunidade baixar e teve uma infecção na bexiga, o que fez com que ela ficasse internada por uma semana em Francisco Beltrão.

Amarildo Felippi teve uma recuperação mais tranquila. 

Amarildo lembra que tudo começou com dores nas pernas. “Tive dores nas pernas, que depois passaram pro corpo inteiro. À noite, para dormir, tive febre. Aí não dormi. Tinha bastante frio. Não existe coisa pior. Eu não consegui fazer nada”, disse. A doença começou numa quarta-feira. “No outro dia, eu fui para o hospital, fiz exame de sangue e foi detectado que estava com dengue. Eu só tomava os remédios que o médico receitava. Eu não imaginava que estava com dengue, pensei que era gripe, porque os sintomas são bem parecidos”, completa.

O remédio receitado amenizava a dor, que ainda atrapalhava Amarildo. “A dor ficava. Eles acalmavam levemente. Foram duas semanas assim. Eu melhorei mesmo no início da terceira semana. Eu não sentia fome e quando sentia cheiro de comida dava ânsia de vômito. Você só pode tomar líquido e eu tomava só água. Comecei a comer do quarto dia em diante, quando comecei a tomar caldinho de sopa”.

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Muita gente

Quando foi procurar ajuda médica, Amarildo encontrou o hospital lotado. “Eu fiquei internado no São Judas Tadeu e, naquele dia, foram feitas 100 consultas do meio-dia até as 20 horas. Todo mundo foi bem atendido, mas era uma correria. Muita gente sentia uma dor de cabeça e já ia para lá pensando que era dengue. Muitos casos se confirmaram”, fala.

Em casa, Amarildo optou pelo repouso e perdeu de quatro a cinco quilos. “Eu fiquei um dia internado e mantive o tratamento em casa depois. Eu nem imagino quando fui picado. Eu estava em casa e comecei a sentir as dores. Foram quase 20 dias para conseguir viver normalmente. Agora, nessas três semanas, eu fiz sete exames de sangue, no total. Tem mais o de sorologia que eu tenho que pegar. Agora é só usar repelente”, indica.

 

“Eu achei que ia morrer”, diz Simone Kemper

Simone Kemper teve infecção
na bexiga por causa da dengue.

 Para Simone Kemper, a doença foi mais avassaladora. Ela precisou ficar uma semana internada em Francisco Beltrão por causa das complicações com a dengue. 

A experiência foi terrível. “Começou numa quinta-feira à noite. Durante a tarde eu já tive dor no corpo, à noite febre e depois a vermelhidão no corpo. Na sexta, eu fui para o hospital e fiquei internada. Recebi alta no sábado e tive que voltar para o hospital na segunda-feira. Fiquei sete dias internada. Eu fiquei muito fraca e não conseguia ter disposição para me hidratar. Como baixou a imunidade, eu tive infecção na bexiga. Quando eu tomava remédio para a infecção, vomitava. Esse era o problema”, conta.
A vida só voltou ao normal três semanas depois e ela acredita que foi por causa da imunidade. “O meu namorado também foi picado pelo mosquito da dengue, mas ele passou uma noite e meio dia mal e depois conseguiu ir trabalhar. Acho que a imunidade dele tava mais alta. Eu peguei e já me derrubou. Nunca tive medo de morrer, mas com a dengue eu senti isso”, compara. 
Simone não sentiu quando foi picada pelo mosquito aedes aegypti. “Eu procurei mancha no corpo para saber aonde o mosquito picou e não achei. Pensei muito e não consigo imaginar aonde que foi. Eu fiquei, até a última semana, sentindo bastante cansaço. Eu não conseguia passar o dia todo trabalhando, dava indisposição, foram três semanas assim, além de dores de cabeça constante”, relata. 

Atenção em dobro
Agora, os cuidados estão redobrados para não ter dengue mais uma vez. “Eu uso repelente direto e também aqueles aparelhos para matar mosquito. Meu medo é pegar a segunda vez, porque posso ter a hemorrágica. A dengue tem um ciclo. Começa com dor no corpo, dor de cabeça que te derruba, a febre, que você tem até delírio de febre. Aí vem a coceira que não para, principalmente nas mãos e nos pés. Não tem o que acalma a coceira. É terrível”, completa.

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