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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Durante a pandemia, 54% dos estagiários exerceram atividades presenciais

Pesquisa foi feita a pedido do CIEE e entrevistou 6,6 mil estagiários.

Durante o primeiro ano de pandemia, 54% dos estagiários brasileiros continuaram exercendo suas atividades presencialmente, dentro dos protocolos de segurança, enquanto 46% executaram suas funções em trabalho remoto. Desses, 16% afirmaram não ter feito nada porque o trabalho dependia da presença na empresa.

Os dados fazem parte de um pesquisa feita pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) para apresentar um raio-x do estágio no Brasil, principalmente com a chegada da pandemia de Covid-19 e das paralisações e mudanças na dinâmica de trabalho.

Segundo o levantamento, agregado ao 12º Prêmio CIEE Melhores Programas de Estágio, 93% dos estudantes acreditam que o estágio é fundamental para o desenvolvimento profissional e 92% acreditam que a experiência é importante para a obtenção de um bom emprego. A maioria dos entrevistados (63%) demonstrou alto nível de satisfação com relação ao programa de estágio que participam. Quando questionados sobre auxílio ou orientação em suas atividades do estágio, 93% disseram ser sempre atendidos pelos colegas mais velhos.

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Os participantes da pesquisa também destacaram que na empresa em que estão aprendem a ser bons profissionais (92%) e que têm acesso aos equipamentos e recursos necessários para realizar as atividades previstas no estágio (91%). A maioria (91%) faz estágio em empresas diversas onde há funcionários de diferentes raças, gênero, orientações sexuais e religiões e acredita que todos tenham as mesmas oportunidades de crescimento.

O levantamento mostrou ainda que a renda familiar média dos estagiários está concentrada entre as faixas de dois a três salários mínimos. Grande parte dos estagiários (70%) afirma que usa a bolsa-auxílio para ajudar no sustento da família e citam como principais despesas a mensalidade escolar, ajuda com a casa e custos com alimentação.

A média da bolsa-auxílio é de R$ 895,22, maior do que na edição anterior da pesquisa quando o valor era de R$ 703,54. O tempo de duração do contrato é de 16 meses. Quanto aos benefícios, 83% recebem auxílio transporte, 44% têm recesso remunerado e 41% têm redução de jornada em dias de prova.

Para o CEO do CIEE, Humberto Casagrande, esse diagnóstico mostra a importância do estágio na vida do estudante, seja no aspecto financeiro, profissional ou pessoal. Segundo ele, o CIEE atende 200 mil jovens e há 1,5 milhão aguardando por uma oportunidade de estágio.

“Neste momento procuramos melhorar nosso atendimento aos candidatos, facilitando também para as empresas, e feito uma verdadeira pregação junto às 32 mil instituições com as quais trabalhamos. Mas isso não é suficiente para gerar oportunidades para todos. O que podemos fazer é divulgar o nosso trabalho, investir na formação dos candidatos”, disse.

A pesquisa foi feita pelo Ibope Inteligência de 3 de dezembro de 2020 a 4 de abril de 2021. Foram entrevistados pela internet 6.634 estagiários, de 538 organizações inscritas. Houve resposta de estudantes que estagiam em 467 organizações. A maior parte dos que participaram são estudantes do ensino superior (89%) e de instituições de ensino particular (65%). Pelo menos 64% faz estágios em organizações públicas, e dentre esses, a maioria em entidades públicas estaduais e municipais.

A importância do estágio na vida acadêmica e profissional
JdeB – Em Francisco Beltrão, a estudante de administração pela Unopar, Rafaela Rhoden, de 22 anos, considera o estágio muito importante na vida profissional do acadêmico para poder entender o mercado de trabalho no qual pretende fazer parte. “Estou podendo adquirir conhecimento, prática e conviver com pessoas incríveis que me ajudam e me inspiram todos os dias a ser uma melhor profissional.”

Rafaela é estagiaria na Cooperativa Evolua, e também cita a importância da empresa que se preocupa com o crescimento pessoal e profissional do colaborador. Durante o período de pandemia, ela conta que continuou exercendo seu estágio sem interrupção, tomando todos os cuidados necessários contra a Covid, e que essa continuidade foi extremante importante a formação acadêmica e para visualizar a profissão que escolheu como carreira.

A acadêmica está cursando o segundo período de administração, e, por estar exercendo o modelo semipresencial, não foi afetada em suas rotinas de estudos durante a pandemia.

 

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