Geral

Quando foi instalada a Comarca de Francisco Beltrão, em abril de 1954, Egídio Zanatta assumiu como oficial de justiça. Foi nomeado “interinamente” pela portaria nº 1. Quando chegou o tempo de se aposentar, ele passou a ficar em casa, mas se sentiu depressivo.
Chamaram-no de volta e ele continuou trabalhando até que teve forças. Nos últimos anos não saía de casa, principalmente depois que começou a pandemia. Semana passada ele estava em sua rotina normal, no sábado à tarde foi caminhando, do seu jeito, devagar, para o banho.
Domingo de manhã estava bem, mas quando alguém foi vê-lo, depois das nove horas, ele já não respirava. Morreu dormindo. O sepultamento ocorreu às 18 horas de domingo no Cemitério Municipal, no jazigo de seus pais Teodoro e Angelina Zanatta, também pioneiros de Francisco Beltrão.
Durante o velório a família foi supreendida por várias pessoas que se manifestaram. Seu Egídio tinha fama de “mão-fechada”, “pão-duro”, mas seus feitos, que nem os parentes sabiam, era de ajudar as pessoas. Ajudou muita gente a pagar os estudos.
Ao saber deste lado de seu tio, a sobrinha Syrlei Zapelini lembrou de uma velha frase: “Os homens são como as árvores, só se mede quando tombam”. Egidio deixou viúva dona Maria Norma Rambo Zanatta, que ontem, 12 de abril, completou 90 anos, e um casal de filhos, o médico Celso Zanatta e a fisioterapeuta Míriam Zanatta.
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