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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Égua Baíta viveu mais que a média e morreu com 35 anos

Geral

Cleiton, Leonir e Claudiane mostram a Égua Cigana e o Cavalo Zaino filho da Baíta que está com 14 anos.

Hoje vamos contar a História da égua Baíta que viveu 35 anos. A média de vida dos cavalos é no máximo entre 25 a 30 anos. Baíta pertencia à família de Leonir e Rosa Casanova, e as filhas Camila, Caroline e Claudiane e o genro Cleito Lunele, do Divisor, em Francisco Beltrão.

Leonir lembra que comprou Baíta dia 12 de março de 2001, do amigo Hélio Guizzi que trabalhava na Copel. Nessa época a égua já estava com 15 anos e tinha um cavalinho. Ele pagou por ela 300 reais. No dia do negócio, Hélio não sabia, mas Baíta já estava prenha novamente.

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Meses depois, nasceu mais um cavalinho, que era todo branquinho de olhos azuis. Leonir comprou a Baíta por causa das três filhas. Ele já tinha um jeguinho, que também era manso. Mas esse jegue era muito imprevisível, de vez enquando do nada começava a chutar com as duas patas ao mesmo tempo. Como as meninas eram pequenas, Leonir ficou com medo que ele as machucasse. E vendeu o jegue por 100 reais para o vereador Lima de Eneas Marques.

Já a Baíta sim era de confiança, mansa e muito dócil. Tempos depois, Leonir vendeu os dois filhotes da Baíta. Em 2007, Baíta teve sua terceira cria e nasceu mais um cavalinho, o Zaino.

Então desde de pequeninho, Camila, Caroline e Claudiane começaram amansar o Zaino. Todas as tardinhas montavam nele, e de rédia para não machucar a sua boca usavam uma meia calça de laicra.

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As três levaram muitos tombos e esfolões, mas deixaram Zaino bem mansinho. Baíta sempre foi muito bem tratada e cuidada, nunca foi colocada no serviço, sempre foi usada para o lazer algunas cavalgadas. Durante a noite, dormia embaixo do paiol, nunca pegou chuva e nem passou frio. Baíta sempre foi o xodó da familia, todos gostavam muito dela. Era um animal muito inteligente.

Seu porte não era grande e nem pequena, era uma petiça, cor de caramelo. Todos os anos ela trocava o pelo e ficava bem lisinha. Este ano ela já havia trocado, mas não ficou mais liso. Há quatro anos, devido a sua idade, ela ficou cega, foí que a Claudiane comprou a égua Cigana.

Mesmo com essa grande deficiência, a Baíta sempre teve o mesmo tratamento. Ela se alimentava bem, estava gorda. Quando era solta no potreiro, se orientava pelo rumo que seguia o Zaino e a Cigada e assim os três pastavam o dia juntos.

Na terça feira, dia 23 de fevereiro, Cleiton, que é casado com a Claudiane levantou bem cedo para tirar o leite, e não avistou Baíta em seu local de costume. Achou estranho e foi verificar.

Ela estava deitada embaixo do paiol já morta. Foi muito triste, Camila e Caroline que já não moram com os pais também foram avisadas e tiveram boas lembranças da infância com ela.

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Depois de tantos anos, Baíta já fazia parte da familia. Já não tendo mais o que fazer, Leonir chamou o vizinho Varlei Vanazi que veio com o trator e a concha. Eles carregaram Baíta fizeram um burraco e a enterraram. C

laudiane diz que está sendo difícil se acontumar sem Baíta, pois todos os dias era ela quem a tratava. A família já tinha combinado que na próxima semana iriam se reunir para fazer algumas fotos com a Baíta e guardar de lembrança dos 20 anos. Pois eles só tinham uma foto antiga dela, de quando as filhas ainda eram pequenas.

Mas não deu tempo. Agora vão continuar com o Zaino e a Cigana que até que viverem sempre irão ficar com eles.

 Foto da Camila montada na Baíta com uma prima que veio passear e Caroline e Claudiane, quando eram pequenas.

 

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