Geral
Por Julio Cezar Alves
Em busca de inovar na propriedade, a família da agricultora Rosane Picinini, que reside na Linha Santa Rita, no interior de Ampere, decidiu apostar em uma segunda safra de uva. A prática já é desenvolvida em algumas cidades, como Marialva, no norte do Paraná.
E foi justamente lá que o projeto amperense foi buscar informação para aplicar a ideia na região Sudoeste. O técnico agrícola Wladimir Pelissari, da Prefeitura de Ampere, que dá assistência para a agricultora, destaca que já são quatro anos que a iniciativa está dando certo no município: “Até agora a safrinha foi boa em todos os anos.”
Ele ressalta que de começo era para fazer uma experiência. “A Rosane queria inovar e inicialmente fomos buscar informação em uma parceria entre Prefeitura e escritório local do IDR – antiga Emater. Passado esse estágio, colocamos a mão na massa e junto com a família fizemos o tratamento dos parreirais, os mesmos da safra normal. Esperamos o processo da planta e a uva colhida entre abril e maio foi de boa qualidade.”
Pelissari disse que nesses quatro anos não foi registrada quebra de produção, mas o investimento é maior. “A família precisou fazer mais adubação – são três por ano, fora o que é feito no manejo com produtos para evitar pragas que possam atrapalhar o desenvolvimento dos grãos. Para se ter qualidade é preciso mais investimento, dedicação e mais trabalho.”
A área de terra usada para o cultivo da uva é de 1,3 hectare, que abriga 2.500 pés de videira. Na safra anterior foram colhidos 25 mil kg de uva para mesa e três mil para indústria. Toda a produção foi vendida.
