TURISMO

casa, durante sua experiência em Beltrão.
Há 10 meses no Brasil, o jovem Allan Lobo se vira bem no português. Comunicativo, o indiano aproveitou o intercâmbio de Ensino Médio, promovido pelo Programa de Intercâmbio de Jovens (PIJ) do Rotary Internacional, para viajar. Natural de Pune – cidade próxima a Mumbai (onde fica Bollywood) – na Índia, ele reside no momento em Francisco Beltrão, onde estuda no Colégio Águia.
Antes de chegar ao Brasil, o jovem havia terminado o primeiro ano do Ensino Médio, mas como ele já conhecia o conteúdo estudado no segundo ano, ele assiste às aulas do terceirão. Alan está hospedado na casa dos membros do Rotary Club Vila Nova, Valter e Sueli Mazzetto. Os novos “pais” elogiam muito o intercambiário. “Gostaria que todos interagissem assim como ele”, diz Sueli.
A cidade de Pune fica no Oeste do país indiano e conta com quatro milhões de habitantes. “Na índia tem muitos pontos turísticos, mas a minha cidade é mais conhecida pelas empresas de tecnologia. É a segunda no país nesse setor”, informa Allan.
Jornada Mundial
Allan Lobo, por ser católico, aproveitou a oportunidade, no ano passado, e participou da Jornada Mundial dos Jovens, que aconteceu no Rio de Janeiro de 23 a 28 de julho. Na Índia somente 2% da população é católica. Em torno de 80% é hinduísta e os outros pertencem a variadas crenças. “Como a Índia teve uma colonização britânica, meus ancestrais se tornaram católicos e minha família manteve o ritual”, esclarece o intercambiário.
A diferença do catolicismo entre os dois países, é que no Brasil eles são maioria. “As práticas são iguais. Participo da Jornada Jovem de Beltrão e fiz parte da encenação da Paixão e Morte de Cristo da Igreja da Cango”, conta Allan.
Diferença na culinária
O jovem é vegetariano, assim como a maioria dos indianos e dá risada quando lembra, que aqui é muito convidado para churrascos. “Como as outras coisas, pão, maionese e salada. Não tem problema”, comenta de forma espirituosa.
Para ele a diferença mais gritante entre a culinária dos dois países é que lá, eles usam muito mais temperos e especiarias na cozinha, diferentemente daqui. “Lá, nós usamos muita pimenta. Na primeira família que morei aqui, eles são donos de mercado. Então eu os ajudava e percebi o quanto eles vendiam carne. Realmente, muito diferente”, diz Allan.
O indiano comenta que estava preocupado com isso antes de vir para o Sul do Brasil. “Meus amigos que fizeram intercâmbio comentavam sobre os churrascos, mas está bem tranquilo”, afirma.