Os debatedores avaliaram vários pontos da reforma tributária.

A reforma tributária em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal proposta pelo governo lança um clima de incertezas no mercado. O assunto foi debatido no ‘Café com Associado’, da Associação Empresarial de Pato Branco (Acepb).
A advogada Paloma Vanin Marcante e os contadores Eurides Von Muhlen e Luiz Antunes abordaram o tema, esclarecendo dúvidas e apontando os caminhos que a reforma tem tomado no Congresso Nacional.
A reforma tributária proposta pelo governo pode começar a afetar os planos de investimentos de algumas empresas, dizem economistas e executivos de mercado, que costumam definir até o fim de outubro o orçamento para ano seguinte e precisam saber mais sobre as regras que entrarão em vigor com a reforma.
Os debatedores avaliaram vários pontos da reforma tributária que estão em aberto e que mais influenciam as decisões de negócios das empresas estão a alíquota do IRPJ (Imposto Sobre a Renda das Pessoas Jurídicas); o fim ou não dos juros sobre capital próprio (JCP); e se haverá cobrança de imposto sobre dividendos, hoje isentos.
A advogada Paloma Vanin Marcante disse que a tramitação da reforma “em fatias”, apresentada pelo Executivo federal, é contraproducente e acabará afetando parte das propostas que estão em tramitação no Congresso Nacional.
Eurides Von Muhlen destacou que está se perdendo novamente a oportunidade para mudar a intrincada rede de impostos no Brasil, simplificando a forma de arrecadação tributária.
Para o contador Luiz Antunes, que fez um histórico da criação dos impostos no Brasil, não está havendo um foco determinado, no Congresso Nacional, e a reforma ficará prejudicada neste sentido.