Uma comissão foi formada com vereadores e representantes da sociedade para buscar soluções ao problema.

O presidente da Câmara de Vereadores de Dois Vizinhos, Juarez Alberton (PSDB), convocou uma reunião na manhã de quinta-feira, 28, no plenário da Casa de Leis, para discutir, buscar soluções e analisar a situação econômica e financeira do Hospital Pró-Vida.
Os dados foram expostos pelo diretor da casa de saúde, Maurício Ferraz, e abrangem desde impostos, salários de médicos, despesas com fornecedores e alimentação num déficit estimado de R$ 7,1 milhões. Depois da explanação, foi aberto espaço para perguntas.
O evento reuniu o prefeito Carlinhos Turatto (PP), secretários, vereadores e representantes da sociedade. “Montamos uma comissão, teremos reunião já amanhã e vamos discutir possibilidades, achar um caminho viável para solucionar esse problema. Não podemos mais continuar do jeito que estamos porque a população precisa muito do Pró-Vida”, disse.
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A comissão, agora, vai destrinchar as contas e buscar a real situação para entender se a dívida é menor ou ainda maior do que o exposto.
O prefeito Carlinhos Turatto (PP) e Vilmar Possato Duarte, secretário de Administração e Finanças, concordaram em antecipar o pagamento da verba de fevereiro ao Hospital Pró-Vida, que gira em torno de R$ 600 mil.
“Esse déficit vem acontecendo há muito tempo para chegar num montante como esse. Vamos providenciar essa antecipação de recursos porque os médicos estão querendo sair e a população pode achar que a culpa é da nossa gestão. Em janeiro, já repassamos mais de R$ 600 mil e agora, com essa reunião, a sociedade ficou sabendo do problema e vamos achar a solução. A saúde é a nossa prioridade, o carro-chefe do nosso governo e nossa administração precisa tomar atitudes para buscar a solução”, completou.
Mais problemas…
Ele ressaltou que um processo judicial, que corre desde a desapropriação da Casa de Saúde, pode gerar até R$ 8 milhões em despesas.
“Temos uma dívida com o antigo proprietário, que foi mal gerida, na desapropriação, e agora precisa ser resolvida. Precisamos buscar a solução, temos que nos entender com os vereadores e a sociedade como podemos resolver essa situação. Vale lembrar que cada vida que salvamos ali, faz isso tudo valer a pena.”
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Reunião de um dia para o outroMembro do conselho gestor do Instituto de Saúde de Dois Vizinhos (ISDV), que mantém o hospital, Ademir Pereira da Silva contestou a forma em que a reunião foi agendada.
“Foi uma reunião marcada às pressas. Existem, sim, demandas a serem discutidas e fomos convocados de um dia para o outro, não estávamos cientes do que ocorreria aqui. Claro que estamos abertos a conversas e precisamos do município. Vale lembrar que o conselho é voluntário, ninguém recebe nada para participar e necessitamos do município. O ISDV fornece serviços aos munícipes, já existe há alguns anos, foi instituído dessa forma e assim conduzimos os trabalhos. A própria pandemia trouxe dificuldades e essa reunião é um marco para iniciarmos um trabalho, discutir uma forma de gestão e que tudo aconteça de forma saudável para o hospital continuar atendendo a população da melhor forma possível”, conclui.