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Uma empresa do interior de Eneas Marques, Compostem Recuperação de Solos, é pioneira em um tipo de serviço que promete solucionar um verdadeiro gargalo para os pecuaristas. Um projeto-piloto de recolhimento, transporte, processamento e destinação de carcaças de bovinos e equinos para a produção de adubo orgânico já está credenciado pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Mais de R$ 1 milhão foi investido para tirar o projeto do papel.
O empresário Paulinho Câmera conta que a ideia, que surgiu há 5 anos, já está patenteada, pois seu método é único. “Por enquanto não tenho conhecimento de outra empresa que preste este serviço.” Não importa se o animal teve morte natural, por doença ou algum acidente. A carcaça é recolhida na propriedade, por um caminhão equipado para este fim, e levada até a empresa onde será transformada em adubo. Atualmente a destinação não é considerada a mais correta, pois é feita uma cova, normalmente na propriedade, e enterrada.
Segundo ele, há que se ter um cuidado com os Materiais de Risco Específico dos bovinos, bubalinos e equinos, que são os seguintes: encéfalo, olhos, amígdalas, medula espinhal e parte distal do óleo. São materiais de risco sanitário que podem proliferar doenças se não tiverem o descarte correto.
Paulinho salienta que o objetivo é trabalhar em parceria com as prefeituras. A princípio, o município subsidiará uma parte do custo e o produtor o restante, mas o modelo definitivo ainda está em estudo. Os ossos serão separados e todo o restante do material passará por um processo de decomposição, que levará em média 40 dias, para se tornar adubo orgânico. “Nosso sistema não dá chorume, mau cheiro e nem afeta o meio ambiente.” Um animal de 600 quilos se converte em cerca de 100 quilos de adubo que poderá ser utilizado em lavouras. Aliás, o empresário trabalha com adubos orgânicos há mais de 20 anos, por isso teve a ideia de empreender neste ramo.
Agradecimentos
Paulinho Câmera faz questão de agradecer todos que apoiaram seu projeto desde o início. “Também não posso deixar de agradecer toda equipe e ao prefeito Edson Lupatini [PL], que na época era secretário de Agricultura do ex-prefeito Maikon Parzianello; ao deputado Wilmar Reichembach [PSC], que sempre acompanhou o projeto; ao secretário de Administração de Francisco Beltrão e ex-prefeito de Eneas Marques, Antônio Carlos Bonetti; ao proprietário do Frigorífico Barro Preto, de Coronel Vivida, Diliano; e ao engenheiro Eder Bellé, que fez o projeto pra mim.” O empresário também faz uma dedicatória especial da empresa ao filho, Ariel Câmera.