O trâmite da licença no Departamento Nacional de Produção Mineral está em fase final.

Os proprietários do Anila Thermas de Francisco Beltrão esperam conseguir até o próximo mês a portaria do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que autoriza a exploração da água termal. A expectativa é que até setembro o estabelecimento volte a atender o público da região. Os empresários Rafael e Cleonice Schuck visitaram ontem, 31, a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Jovelina Chaves, e demostraram muito otimismo com a possibilidade de o Anila Thermas voltar a funcionar ainda neste ano. Eles anunciaram que estão dispostos a firmar parcerias com empresários locais ou até mesmo vender o local.
O parque aquático, que funcionava com a licença da Sudhersa (Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Híbridos e Saneamento Ambiental), foi fechado em 2010 após uma denúncia ao DNPM. “Pelo desconhecimento da necessidade do Alvará, no DNPM-PR, e sem nunca ter sido notificado pelo referido órgão”, diz uma nota publicada no site da empresa.
Cleonice disse que o trâmite burocrático do processo de outorga da concessão de lavra está em fase final. A empresa já deve iniciar reformas, visando reabrir depois do inverno. Atualmente funciona apenas a lanchonete e a venda de queijos. “Agora vamos estudar que atividades vamos retomar. Há possibilidade de reabrir a parte de visitas diárias, hotelaria ou eventos. Tudo depende de um novo planejamento.” Outra oportunidade é a exploração comercial da água mineral envasada.
Parceiros
A empresária destacou a importância da parceria com o poder público local. “É importante frisar que não é por falta de empenho da administração municipal, tanto do ex-prefeito Cordasso [2001-08] como do atual prefeito Neto, que sempre estiveram em contato conosco, que o Anila não está funcionando.” Cleonice salienta que o mais importante é que a população da região Sudoeste possa desfrutar de toda a grande estrutura que está parada. “Por isso, estamos abertos a dialogar e buscar parcerias com os empreendedores da região. Não é a nossa principal atividade econômica, resolvemos investir na época pelo encantamento com o local. Tivemos esse percalço com a licença, mas é só abrir as portas que o negócio flui.”
Demora
De acordo com ela, é normal demorar até 10 anos para ocorrer a liberação no DNPM. “Mas a população pode esperar novidades. O parque tem uma das águas mais quentes do Brasil, a segunda, se não me engano, chegando a 50 graus, e mantendo média de 47 graus. As propriedades terapêuticas são muito boas.” Cleonice observa que o Anila Thermas está localizado em um ponto estratégico e durante o período que funcionou tinha muita clientela de Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Argentina. Além da população do Sudoeste.
Um imã para Beltrão
Para a secretária Jovelina Chaves, a reabertura do Anila Thermas representa um importante incremento no setor turístico de Francisco Beltrão. “Quando assumimos a secretaria, realizamos um diagnóstico e identificamos um grande potencial para o turismo de eventos e negócios. Contudo, por mais que tenham obras, tínhamos dificuldade em encontrar locais apropriados.”
Na opinião dela, o Anila Thermas é um ímã para atrair pessoas para a região. “Se tivermos novamente este local, poderemos criar rotas turísticas para explorar o nosso município, e as cidades vizinhas também.”