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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Empresários sugerem duplicar avenida e novo traçado como alternativa ao contorno de Marmeleiro

Grupo se organiza para discutir a questão com deputados, Estado e governo Federal.

Claudinei Brambilla, da Acimar: ideia é de uma proposta que cause o mínimo de impacto à economia de Marmeleiro.

Lideranças de Marmeleiro querem apresentar opções à proposta de concessão de rodovias que prevê a construção de um contorno no município. Na audiência pública convocada pela Acimar com apoio da Prefeitura e Câmara de Vereadores, quinta à noite, empresários sugeriram alternativas para minimizar o impacto do desvio do fluxo de veículos da cidade e também traçaram estratégias para discutir a proposta com deputados e os governos do Estado e Federal.

 “A ideia é que possamos nos movimentar agora, que só há estudos iniciais e ainda não existe um projeto formalizado, para poder discutir uma alternativa viável para a cidade, visto a preocupação dos empresários com a redução de movimento nas empresas que o contorno vai causar”, explicou o prefeito Paulo Pilati (MDB) na abertura do encontro.

 O plano é manter o fluxo pela cidade, mas revitalizando todo o trecho urbano, com remodelação da Avenida Macali, construção de trincheiras e duplicação até ligar ao trevo da Nórdica — sem o desvio por frente da Prefeitura, como é hoje. Nesta proposta, a concessionária poderia investir um valor menor que a construção do novo contorno, o que ajudaria a baratear a tarifa.

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Se o contorno for inevitável, as lideranças pretendem estudar um novo traçado, saindo mais próximo da cidade ou a Leste de Marmeleiro (conectado até o trevo do Thomé, na BR-280). O traçado divulgado pela ANTT prevê que o contorno conecte o trevo do Água Branca até as proximidades do Posto Toscan, mas sem muitos detalhes. O presidente da associação comercial, Claudinei Brambilla, comentou que o grupo vai buscar mais informações para se organizar melhor.

“Ainda é tudo muito inicial, precisamos ter mais dados do projeto para poder apresentar uma proposta que cause o mínimo de impacto à economia da cidade.” Na sexta que vem, Beltrão sedia uma audiência pública regionalizada organizada pela Frente Parlamentar do Pedágio na Alep e, para este encontro, o grupo já vai apresentar uma carta com reivindicações à proposta de concessão. 

Uma das propostas é manter o trânsito pesado passando por dentro da cidade de Marmeleiro.

Opiniões divergentes
Empresários que estiveram na audiência de Marmeleiro comentam que, sem o fluxo de caminhões e carros, as vendas tendem a cair 30% em algumas oficinas mecânicas. O proprietário de uma oficina de pneus estima que a instalação em frente à rodovia é responsável por 98% dos clientes. Assim como a MTA, onde 95% das vendas são feitas devido à localização.

Outros negócios, como de tacógrafos, lonas, restaurantes e mercados, estimam queda nas vendas com a retirada do fluxo. O assunto, no entanto, não é unanimidade entre os comerciantes que foram até a audiência pública.

Teve quem defendeu a necessidade de retirar o trânsito pesado do Centro para melhorar a mobilidade na cidade. Um deles citou que boa parte do movimento em sua oficina é de clientes fixos e a retirada do fluxo não traria tanta queda de receita. 

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