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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Entidades querem políticas públicas de desenvolvimento de Tecnologia da Informação

 

Documento em que está incluso o pedido de
ampliação do programa “Cidades Digitais”. 

 

O quinto maior setor do país, o da Tecnologia de Informações (TI) e de Telecomunicações, movimenta R$ 441 bilhões por ano e tem um crescimento anual de 16,9%. No Brasil, o setor equivale a 8,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 1,5 milhão de empregos. Mas, os empresários locais consideram que no Paraná as polícias públicas para o desenvolvimento do setor ainda são tímidas. Somente no Sudoeste existem 200 empresas do setor de TI atuando. 

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Empresários e entidades organizaram a Carta do Sudoeste, um documento com as demandas locais para as esferas estaduais e federais. Em busca de investimentos e desenvolvimento, uma das sugestões do documento é a ampliação do programa “Cidades Digitais”, do Ministério das Comunicações, porque uma das necessidades é “ampliar e investir nas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) uma vez que há urgência na expansão dos serviços de telefonia e internet tendo em vista que as estruturas instaladas não atendem satisfatoriamente aos usuários e as demandas crescentes dos serviços da região”. 

Alessandro Moraes, presidente do Núcleo de Tecnologia da Informação do Sudoeste (NTI-APL TI), esclarece que a proposta é para um Paraná digital competitivo, não somente a região local. “Somos seis Arranjos Produtivos Locais (APLs) no Estado, nós queremos ter maior apoio para potencializar o setor e ter mais investimento em tecnologia. A proposta de ampliar o programa Cidades Digitais surgiu porque contempla várias demandas que nós temos”, salienta. 

As demandas do setor são ações governamentais, como o modelo de emissão de nota fiscal eletrônica obrigatória; que a Copel disponibilize mais provedores locais para estimular a competitividade de preços e oferta de banda larga e internet móvel; apoio aos parques tecnológicos e às entidades criadoras de incubadoras tecnológicas. 

“É um setor que evolui muito rápido e diferente de outras áreas, as necessidades surgem também mais rapidamente. A máquina pública é burocrática e não há acompanhamento do estado para estas necessidades. As empresas recebem pouco incentivo fiscal e é um setor que gera muitos recursos”, comenta Alessandro. 

Formação de cientistas
Jair Alievi, presidente do Núcleo de Tecnologia Beltronense (Nubetec), ressalta a importância da criação do curso de Ciência da Computação para a formação de cientistas. “Essa é uma discussão no núcleo, a de trazer este curso para a Unioeste. Hoje, basicamente, tudo está relacionado à tecnologia e na região temos cursos de formação técnica, mas precisamos de cientistas na área”, comenta Jair. 

Fazem parte do Nubetec 15 empresas e elas são diversificadas dentro do setor de tecnologia. Há representantes desde desenvolvimento para web e de softwares (programas). 

Com pequenos passos o setor cresce
No Sudoeste, as empresas de Tecnologia de Informação tem buscado apoio em entidades como Sebrae, instituições de ensino superior e parceria com as prefeituras. De acordo com o vice-presidente de Ciência, Tecnologia e Inovação da Associação Comercial de Francisco Beltrão (Acefb), Bernardo Brandão, existe um esforço e um trabalho muito forte para aproximar o setor público do setor de TI. “Agora, eles estão começando a entender a importância do setor. Nós estamos fazendo um trabalho de formiguinha e já vemos mudanças, por meio de integração as universidades e incubadoras”, relata Bernardo. 

Francisco Beltrão ainda tem um cenário menos desenvolvido do setor de Tecnologia de Informação que Dois Vizinhos e Pato Branco. Mas, com o Nubetec já foi possível trazer investimentos de fora para o setor por meio do Sebrae, que conta com o programa Sebraetec. A incubadora que começou na Acefb está funcionando no Centro Municipal Empresarial e em breve será inaugurado o Centro de Inovação Tecnológica, no bairro Luther King.

“Ainda são ações que não são coordenadas. Comparando com o cenário de outros locais como Porto Alegre e Foz do Iguaçu, ainda precisamos dar muitos passos. Para ver uma mudança grande em Beltrão seriam necessários investimentos muito maiores, mas muita coisa já está sendo feita”, reflete Bernardo. 

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