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Francisco Beltrão
quarta-feira, 04 de junho de 2025

Edição 8.219

05/06/2025

Entrevista com o escritor Daniel Munduruku

Aproveitando a passagem do Dia dos Pais (já que o autor homenageia o avô em sua obra favorita e também homenageia o próprio pai em outro livro), achamos bacana apresentar, para quem ainda não conhece, o escritor Daniel Munduruku, conhecido nacionalmente por suas obras infanto-juvenis.

Você é escritor, professor… você gosta do que faz? Por quê?
Posso dizer que sou apaixonado pelo que faço, porque a escrita e o magistério me oferecem a oportunidade de confessar meus sonhos para este mundo em que vivemos. Sei que posso trabalhar com o imaginário das pessoas oferecendo-lhes uma nova leitura sobre a realidade e mais que isso, mostrando a elas a riqueza das culturas indígenas brasileiras.

Quantos livros para criança você tem publicados? Tem algum livro que é possível ler on line?
No total já tenho 40 títulos publicados, sendo que a maioria absoluta deles é para crianças e jovens. Mas escrevo também para um público adulto, tendo publicado um romance e um para educadores. Não existem textos integrais meus disponibilizados pela internet. Futuramente haverá esta possibilidade.

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Qual é seu livro favorito?
“Meu avô Apolinário – um mergulho no rio da (minha) memória”. Este livro conta como meu avô me ajudou a aceitar minha origem e a trilhar um bom caminho. É um livro muito emocionante para mim e eu o escrevi como uma homenagem para este velho e sábio avô.

Você poderia sugerir alguma atividade para que nossas crianças se ocupem de forma saudável?
Passear no parque e exercitar os sentidos é algo muito agradável de se fazer. Ligar seu coração ao coração das árvores, dos animais, dos rios, dos pássaros, ajuda a gente a perceber que não está sozinho no mundo e que todos somos parceiros de jornada. Isso dá para fazer sem perder o tempo do passeio. Sentar no galho de uma árvore… Eu gostava muito de brincar assim quando menino. Isso me acalmava porque eu olhava para a árvore como uma grande mãe que me embalava em seus braços.

Você tem alguma receita de algo diferente para fazermos nas férias ou nos fins de semana?
Minha receita para as férias é fazer o que normalmente não faço durante o ano letivo: pescar o próprio almoço. Preparar uma peixada no quintal de casa. Comer com as mãos (ou em folhas de bananeiras). Contemplar o pôr do sol ou mirar as montanhas.

Uma mensagem para as crianças?
Eu queria dizer a todas as crianças, jovens e velhos que é muito importante que vivamos cada fase de nossa vida. Cada criança tem que ter o direito de viver como criança; jovens como jovens e os adultos, idosos de viverem a sabedoria desse momento que estão vivendo. Desejo que cada pessoa não tenha receio de crescer e colaborar para que o mundo seja um lugar mais bonito de se viver.

Quem quiser ler algumas obras de Daniel Munduruku, é só visitar a Biblioteca do CEMA. Lá estão disponíveis títulos como “Histórias que eu vivi e gosto de contar” e “Um estranho sonho do futuro – casos de índio”. O site do autor é www.danielmunduruku.com.br

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