Geral
2020 foi um ano de várias mudanças e adaptações em todos os setores e a educação foi um dos que mais teve adaptações. O Cesul, desde o início da pandemia, inovou e procurou proporcionar uma formação de qualidade para seus alunos. Um dos diferenciais da instituição é o Emaj (Escritório Modelo de Assistência Judiciária), onde os alunos fazem estágio, atendendo à população.
Os atendimentos são realizados durante a semana, das 8 horas ao meio-dia e das 13 às 17 horas. Mesmo com a pandemia, no ano passado foram mais de 200 atendimentos. O escritório, localizado na Rua Romeu Lauro Werlang, Centro de Francisco Beltrão, é utilizado por vários períodos, em estágios obrigatórios. O coordenador do Emaj, professor Luiz Carlos Dagostini Júnior, salienta que foi um ano totalmente atípico.
“Os atendimentos iniciaram dia 17 de fevereiro, com alunos do 7º e do 9º períodos. Em razão da pandemia, as aulas e os atendimentos foram suspensos. Final de junho, início de julho, veio uma resolução do MEC autorizando a realização dos estágios, de forma virtual. Foi um desafio e marcamos os atendimentos com as partes. A pessoa se dirigia para o escritório, seguindo todas as recomendações; lá era atendida por um estagiário contratado pelo Cesul, mantendo distanciamento e os cuidados necessários.
[relacionadas]
Essa pessoa ficava em frente ao computador – que sempre era higienizado – e os alunos e os professor acessavam uma sala do Google Meet para fazer o atendimento e a entrevista. Depois, os alunos redigiam a peça, o professor corrigia e nós encaminhávamos para o Fórum. Em um primeiro momento participaram alunos do 7º e do 9º períodos. No segundo semestre continuamos o atendimento virtual com alunos do 8º (na área de família) e do 10º períodos, que foram atendidos por dois professores, uma aqui de Beltrão e outro de Curitiba, que realizaram atividades no âmbito do Direito do Trabalho”.
O professor Dagostini explica que muito é feito para a população, através do escritório, e assim pretende também fazer em 2021. “Fizemos muitos acordos. Nosso atendimento no Emaj se dá no Direito de Família, atendendo as pessoas que ganham até dois salários-mínimos e que não tenham bens no nome. A pessoa vai até o local, marca o horário e nós atendemos. Esperamos que neste ano possamos atender presencialmente. Caso isso não seja possível, voltaremos com o atendimento virtual. Quem precisar de algo ligado ao Direito de Família, envolvendo adoção, pensão alimentícia, guarda ou direito de visitas, pode dirigir-se ao Emaj que atenderemos”.
Aprendizado
Os acadêmicos destacam o quanto é importante esse aprendizado prático. “O Cesul nos proporciona uma teoria de excelente qualidade e a oportunidade de pôr em prática todo o conhecimento adquirido ao longo desses quatro anos. É muito bom o sentimento de poder ajudar as pessoas, ver um sorriso no rosto daqueles que, por muitas vezes, chegam desesperados e aos prantos no escritório. Nós, primeiramente, pensamos no ser humano, acalmando, conversando e entendendo os problemas, para assim, da melhor forma, solucionar e lutar pelos direitos de todos”, comentou Elton Ponciano, que este ano cursará o 9° período.
Emilly Vuelma, também do 9º período, enfatiza o quanto é proveitoso o estágio. “Apesar de todas as mudanças que a pandemia trouxe, nosso estágio supervisionado ocorreu da melhor maneira e, mesmo que por videoconferência, o aprendizado ocorreu, sendo de grande proveito. O professor Luiz e o Cesul se adaptaram muito bem a essa nova forma de ensino”.
Sentimento também partilhado pela acadêmica Nanachara Manfredi, do mesmo período. “Vivenciamos e aprendemos como é de fato atender um cliente e resolver o problema dele. Acho incrível esse modelo de estágio, pois nos dá a oportunidade de vivenciar, na prática, o que é a advocacia. Mesmo com a pandemia, o Cesul inovou mais uma vez. Encontraram rapidamente soluções para que realizássemos os atendimentos e, principalmente, para que nós não perdêssemos aulas; de modo que não ficamos com matérias atrasadas e nossa formação não foi prejudicada”.
