O canal fica entre a Terra do fogo e a Patagônia.
“A febre de viajar é persistente, nem se passaram dois anos do último giro, o 17º da minha lista de três décadas de viagens deste tipo, e sentia a febre se intensificar de novo. Por experiência sei que só tem um remédio: outro giro”. É assim que padre Harry “Ari” Van Briel começa a descrever seu quarto itinerário para Patagônia e Terra do Fogo. Ele esteve lá pela primeira vez em 1992, mas, por gostar de ser guia de viagem, o padre formou grupos de amigos e organizou expedições novamente em 2005, 2007 e 2011.
A Patagônia e a Terra do Fogo são territórios divididos entre Argentina e Chile. Para voltar ao local, padre Ari reuniu cinco amigos e um dos aspectos que mais chamaram sua atenção é a história do local. “Os primeiros descobridores encontraram o Canal de Magalhães e viram os índios, de tribos bem primitivas e pessoas seminuas, como eles tinham pés grandes e na Europa, naquela época, tinha um personagem Patagon, e era uma expressão comum, então viram os índios e os chamaram de Patagon, assim surgiu o nome do local”, relata padre Ari.
Para visitar a Patagônia e a Terra do Fogo, os viajantes precisam passar por terras argentinas, depois chilenas e depois argentinas novamente. “Uma curiosidade da Terra do Fogo é o porquê do seu nome. Os primeiros espanhóis, quando passaram por lá, viam fumaça, então pensaram onde há fumaça, há fogo. Então chamavam de Isla del Humo, ou Ilha da Fumaça, mas com as mudanças tornou-se Terra do Fogo”, esclarece o padre.
Ushuaia é a principal cidade da Terra do Fogo e também conhecida como fim do mundo, pois é a última grande cidade ao Sul do continente americano -depois dela há apenas vilas. No local, há um museu, que foi um presídio até a década de 30, para onde o Estado da Argentina mandava os seus presos mais perigosos. “Lá é um local com muito vento e temperaturas muito baixas, eu acho que deveria ser chamada de ‘Terra do Vento'”, brinca padre Ari.
Na Patagônia, um dos locais que mais atraiu a curiosidade do sacerdote foi a Geleira Perito Moreno. O nome dado à geleira é de um argentino explorador do Sul da Argentina. Ela é uma atração excepcional, segundo padre Ari, pois termina em um lindo lago.
A famosa comida do território da Patagônia é a carne de ovelha. “Eles produziam muita lã de ovelha, mas ela perdeu seu valor, então se tornou uma popular carne de churrasco.”
Para fazer uma viagem com tempo para conhecer vários lugares, padre Ari sugere tirar de três a quatro semanas. “Nós fizemos um roteiro para viajar de carro e fomos em cinco pessoas.”
