Entidade entende que é preocupante o Supremo se firmar cada vez mais como um tribunal político, de exceção.
Em nota, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap) criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal de adiar para o próximo dia 4 de abril a conclusão do julgamento do habeas corpus preventivo de Lula, impetrado pela defesa com o objetivo de evitar a prisão do ex-presidente.
A Faciap entende que é preocupante o Supremo se firmar cada vez mais como um tribunal político, de exceção, alternando sua própria jurisprudência caso a caso.
Leia trechos da nota da Federação:
“Assistimos ontem [quinta-feira] a encenação mais medíocre realizada por atores da alta cúpula do poder judiciário brasileiro, em que um ex-presidente, condenado por ter recebido como propina um apartamento reformado especialmente para ele no Guarujá, foi anistiado até o dia 4 de abril.
O Supremo Tribunal Federal tem exercido com maestria o poder de debochar do cidadão brasileiro e de tratar com negligência todo o trabalho da Operação Lava Jato.
A aplicação do direito exige estabilidade e previsibilidade. A contramão dessa via, ou seja, um ambiente de insegurança jurídica, desacredita toda uma nação (…)”.